Além da manutenção dos empregos, a luta dos metalúrgicos da Renault serviu para mostrar para o Brasil e o mundo que a chama da luta e da mobilização está bem viva no coração do trabalhador aqui do Paraná.
Num tempo em que vemos uma cruzada formada contra os direitos da classe trabalhadora, presenciar um movimento de resistência e coragem como foi o dos trabalhadores da Renault é um sopro de esperança na vida de todos aqueles que se encontram acuados devido ao tempo atual e um chamado para que levantem a cabeça e se unam na luta contra qualquer injustiça e ataque aos direitos trabalhistas.
Engana-se quem acha que os trabalhadores não estão atentos ao que acontece no país. Estão começando a sentir na pele o que uma política econômica, disfarçada com a bela, mas falsa palavra de “modernização”, está acarretando em sua vida e profissão. É preciso que estejamos unidos para não deixar que a precarização venha a nos atingir.
E, dessa forma, mais uma vez os trabalhadores mostraram que aqui no Paraná a coisa é diferente. Aqui não aceitamos imposição nem intimidação e as coisas só são decididas na base da negociação. Esse é um legado que construímos com muito esforço e luta ao longo de cem anos de história. E o patrão que tentar querer mudar isso vai enfrentar o que a Renault enfrentou: a força dos trabalhadores unidos em porta de fábrica. Continuemos na luta, companheirada.
Sérgio Butka
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, da Federação dos Metalúrgicos do Paraná (Fetim) e da Força Sindical do Paraná.