18 jun 2009
Notícias
Começou na quarta-feira, 17 de junho, o 11º Congresso dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes. Participam 1.300 delegados sindicais, de 500 empresas, em um evento histórico para a categoria metalúrgica, para a classe trabalhadora e para o Brasil.
Na abertura do Congresso, Miguel Torres, presidente do Sindicato, destacou a importância do evento: “É crucial, neste momento de crise global, os metalúrgicos reunirem-se para debater novas ações em defesa dos direitos trabalhistas, do emprego e do desenvolvimento econômico com geração de renda, cidadania e justiça social. Fundamental também para dar o rumo para a diretoria do nosso Sindicato nestes próximos quatro anos e definir o tom da nossa campanha salarial deste ano”.
Representatividade – A solenidade de abertura contou com a presença de diversas lideranças sindicais e políticas. Entre elas: Paulinho, presidente da Força Sindical, Elza Pereira (metalúrgicos de SP), Juruna (Força Sindical), Tadeu Morais (metalúrgicos de SP e presidente do DIEESE), Wagner Gomes (CTB), Adi (CUT), Clementino Vieira (CNTM), Geraldino Santos (metalúrgicos de SP e CNTM), Jorginho (metalúrgicos de Osasco) e vereador Cláudio Prado (metalúrgicos de SP), entre outros.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), Clementino Vieira, declarou: “As diretrizes deste Congresso serão um norte para todos os trabalhadores brasileiros, inclusive para os outros 148 sindicatos de metalúrgicos filiados à CNTM”.
O representante da CUT, Adi dos Santos Lima, ressaltou: “Os metalúrgicos da CUT e da Força estão unidos. Essa unidade está concretizada nas várias mobilizações que temos feito e vamos continuar unidos para garantir direitos e emprego”. Wagner Gomes, presidente da central CTB e do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, também esteve presente e declarou: “As resoluções deste Congresso serão analisadas, com certeza, por todo o movimento sindical brasileiro, como um instrumento a mais na luta contra a crise econômica”.
Exposição – na parte cultural, o 11º Congresso dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes conta também com a exposição “Sindicato: ações e conquistas”, com 77 imagens, em referência aos 77 anos de existência do Sindicato que foi fundado em 1932.
“É uma pequena mostra da longa história de lutas e conquistas do Sindicato e da categoria metalúrgica de São Paulo, um impulso para o fortalecimento de nossos compromissos com as futuras lutas”, afirmou Elza Pereira, diretora executiva de finanças do Sindicato.
Jorge Carlos de Morais, o Arakém, secretário-geral do Sindicato, afirmou na abertura da exposição que este registro é marcante pela importância histórica da categoria metalúrgica.
Palestras
O primeiro painel, sobre o tema “Enfrentamento da crise”, foi apresentado pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (Paulinho), a partir das 11 horas. Paulinho destacou a importância da categoria metalúrgica para o País e lembrou as recentes conquistas do movimento sindical em defesa dos trabalhadores, que estão colaborando para o Brasil enfrentar os efeitos da crise global.
Ele citou, por exemplo, a política de valorização do salário mínimo que tem garantido o consumo popular e o aquecimento do mercado interno.
Paulinho afirmou também que, se não fosse o movimento sindical, o governo brasileiro não teria tomado as medidas necessárias para a diminuição dos impactos da crise global no País.
“Neste período de crise, foi o movimento sindical que fez propostas para a queda dos juros e do spread bancário; exigimos a redução do IPI para o setor automotivo, com o objetivo de garantir a produção, o consumo e, consequentemente, os empregos; o mesmo reivindicmos para a chamada linha branca. E foi o movimento sindical que reivindicou crédito para o crescimento da construção civil. Temos ainda muitos desafios, pois a crise está forte nos setores de carne, do aço e de máquinas, e devemos, portanto, continuar mobilizados para evitar o desemprego também nestes setores”, salientou Paulinho.
Outros desafios do movimento sindical e dos trabalhadores foram destacados pelo presidente da Força Sindical. Ele considera fundamental a mobilização pela redução da jornada de trabalho, sem redução salarial, para gerar imediatamente mais de 2 milhões de empregos no País.
E, com relação às eleições do ano que vem, Paulinho defende que o 11º Congresso dos Metalúrgicos debata e defina o perfil dos candidatos que os trabalhadores querem nos governos estadual e federal e nos parlamentos. Neste sentido, Paulinho defende, contudo, o apoio para os que tenham um perfil progressista, que defendam os direitos históricos da classe trabalhadora e lutam politicamente para ampliar as conquistas sociais e a cidadania do povo brasileiro.
Mensagem do Lupi – Paulinho havia lido antes de sua palestra um telegrama enviado pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que está em Genebra participando da 98ª Conferência Internacional do Trabalho, evento organizado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho). Diz a mensagem: “Este Sindicato é estratégico para o Brasil. Quero dizer aos trabalhadores que este ano o Brasil vai criar mais de um milhão de empregos e o PIB será maior que 2%”.
No primeiro dia, também foram realizadas palestras com os seguintes temas:
“Ação Sindical – Saúde e Segurança”, com João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical, e dr. Zuher Handar, médico e consultor da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM).
João Guilherme afirma que a história do Brasil pode ser contada a partir da história da categoria metalúrgica. “O País e o mundo estão atentos ao Congresso, pela representatividade e ousadia da categoria metalúrgica. Com a história que o Sindicato tem, com o peso da categoria, e com a vontade unitária do presidente Miguel Torres, o 11º Congresso representa um marco para os trabalhadores e para as trabalhadoras, para o movimento sindical, e para a sociedade brasileira”.
Zuher Handar, em sua palestra, conclui que “a vida é muito valiosa. Uma boa qualidade de vida não tem preço. Uma boa qualidade de vida não consiste unicamente em limitar-se a estar vivo. Somente podemos alcançá-la com boa saúde física e mental e um bem estar social adequado. Temos que viver bem, dignamente! Não podemos deixar de aceitar nosso bem estar pelo mero fato de estarmos exercendo nossa atividade profissional. O que nos pagam por nosso trabalho não significa que devemos correr perigos e riscos que podem ser evitados. Todos temos o direito de construir um lugar seguro, saudável e feliz”.
“Sindicato, Cidadania e Ação Política”, com Antônio Augusto de Queiroz, jornalista e diretor de documentação do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar.
“Campanhas Salariais”, com Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese, e apoio de João Carlos Gonçalves (Juruna), diretor do Sindicato e Secretário-Geral da Força Sindical, Tadeu Morais, diretor do Sindicato e presidente do Dieese, e Pereira, diretor do Sindicato.
“Comunicação Sindical”, com João Franzin, jornalista e escritor.
Grupos de debate
O 11º Congresso dos Metalúrgicos continua nesta quinta-feira (18) e sexta-feira (19). Os 1.200 delegados sindicais, nesta quinta, debatem temas como defesa do emprego, dos direitos e o avanço nas conquistas cidadãs.
Miguel Torres prestigia grupos de debate
Ciro Gomes e Mercadante prestigiam o 11º Congresso
A parte da manhã do segundo dia do 11º Congresso dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes foi marcada pela presença do deputado do PSB, Ciro Gomes. O deputado relembrou diversos momentos de apoio à luta sindical juntamente com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (Paulinho).
Ciro Gomes reforçou a importância de projetar o futuro persistindo no caminho da liberdade e da democracia e se deixou à disposição para ajudar a transformar as idéias dos trabalhadores em realidade.
Ciro defendeu também a aprovação da emenda constitucional que reduz a jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário, que será votada dia 30 de junho na Comissão Especial da Câmara.
Logo após, os delegados sindicais ouviram a mensagem do senador Aloizio Mercadante (PT): “Parabéns pelo Congresso. Vocês têm uma história de lutas em São Paulo e tenho certeza de que irão criar uma plataforma de reivindicações combativa, responsável e consiste para melhorar a qualidade de vida da classe trabalhadora e, consequentemente, para a população brasileira”.
O presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, Cláudio Magrão (PPS-SP), e o deputado federal Márcio França (PSB-SP) também estiveram presentes ao evento e aproveitaram a ocasião para reforçar a importância do voto e a união de esforços entre metalúrgicos e políticos para garantir o espaço do trabalhador.
Paralelamente ao discurso políticos, acontecia em quatro espaços da sede do Sindicato a discussão de temas como “enfrentamento da crise” e “sindicato, cidadania e ação política”. A mesa diretora de cada grupo de trabalho liderava o intercâmbio de ideias entre os presentes sobre os assuntos acima.
No último dia, ocorrerão diversas homenagens e a posse da diretoria do Sindicato, eleita no ano passado, sob a presidência de Miguel Torres.
Serviço:
11º Congresso dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
Data: 17, 18 e 19 de junho.
Local: Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
(rua Galvão Bueno, 782, Liberdade, São Paulo)
Telefone (11) 3388.1000
www.metalurgicos.org.br
Clique aqui e confira a programação completa
fotos de Jaélcio Santana, Iugo Koyama e Dario de Freitas
reportagem de Val Gomes, Assessor de Imprensa do Sindicato, com informações de Thais Martins (Agência Sindical)
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