Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Produção de carros cai com exportação menor


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

 

Apesar do avanço das vendas de veículos no mercado interno, a queda nas exportações manteve a produção da indústria automotiva em maio em nível inferior ao de 2008.

No mês passado, a produção caiu 7,7% em relação a maio do ano passado, puxada pela queda de 33,7% nas vendas externas na mesma comparação, de acordo com dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Já o mercado interno cresceu 2,1%, impulsionado pela redução do IPI e pela retomada do crédito.


A melhora nas condições de crédito e a ajuda do governo com a diminuição do imposto permitiram à indústria vender 1,14 milhão de veículos -entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus- no acumulado do ano, volume 0,1% menor do que o registrado no mesmo período de 2008.


“O mercado conseguiu alcançar o mesmo tamanho de 2008”, disse Schneider.

De acordo com ele, a previsão é que haja uma queda nas vendas após o fim do IPI reduzido, no final de junho, que resultou em barateamento de cerca de 7% nos carros. Neste mês, o efeito deve ser contrário, devido à antecipação de compra por parte do consumidor. Segundo ele, a Anfavea não começou a negociar uma nova prorrogação do benefício.

 

Exportações


A queda nas exportações está relacionada à diminuição na demanda nos principais mercados do Brasil por conta da crise econômica global, afirma o presidente da Anfavea.


De acordo com ele, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior está preparando uma avaliação sobre os gargalos do setor automotivo para traçar estratégias de longo prazo com o objetivo de melhorar a competitividade da indústria. O estudo não tem prazo para ser concluído.


“Esses mercados [que estão em queda] vão voltar. E precisamos estar preparado para isso”, disse Schneider, ao se referir a questões como estrutura tributária e custos logísticos.


As exportações em maio representaram 14,9% do volume produzido, perdendo importância na indústria. Em maio de 2008, o percentual era de 20,8%. (PAULO DE ARAUJO)