Miguel Torres e Manuela, com trabalhadores e dirigentes sindicais. Fotos: Jaélcio Santana
A pré-candidata a presidente da República, pelo PCdoB, Manuela D´Ávila, participou nesta sexta-feira, 25 de maio, de um encontro com os metalúrgicos no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, na Liberdade.
Miguel Torres, presidente do Sindicato e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e vice-presidente da Força Sindical, disse que a ideia de promover debates eleitorais é para que os trabalhadores saibam quais são as propostas dos candidatos e os avalie. “Não podemos eleger candidatos que vão continuar privilegiando a elite e aprovando medidas contra a população, contra a soberania do País e contra a classe trabalhadora. Não vamos trazer Bolsonaro, o Alckmin e o Rodrigo Maia, porque sabemos o posicionamento deles. É ano eleitoral, nós temos de saber escolher. E não deixar eleger aquela cambada que votou contra nós no Congresso Nacional”.
Manuela D´Ávila reconheceu o esforço dos trabalhadores, neste dia difícil de locomoção na cidade, e saudou a iniciativa do Sindicato de promover encontros com os candidatos do campo democrático.
A pré-candidata disse que para o Brasil sair da crise é preciso não acirrá-la, mas “transformar as eleições em um espaço de reflexão sobre os rumos para o País. É o momento de debatermos sobre o projeto de desenvolvimento do Brasil”, ressaltou.
Manuela defendeu a revogação da reforma trabalhista e disse que é contra a reforma governista da Previdência. “Vivemos um momento de alta do desemprego, com 27 milhões de trabalhadores sub-aproveitados, de aumento da pobreza e de precarização das condições de vida do brasileiro. A reforma trabalhista trouxe uma condição de trabalho análogo à escravidão”, afirmou.
Manuela também disse que é preciso debater a redução da jornada de trabalho, que tem relação direta com a geração de emprego. “Temos uma das maiores jornadas do mundo e grande parte do tempo de trabalho a gente passa no trânsito”.
O debate “Manuela com os metalúrgicos” foi coordenado pelo presidente Miguel Torres, pelo secretário-geral Arakém e pela diretora Leninha, coordenadora do Departamento da Mulher do Sindicato, com presenças do deputado federal Orlando Silva-PCdoB, do presidente da CTB Adilson Araújo e do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, que leu a nota das centrais sindicais em apoio às reivindicações dos trabalhadores caminhoneiros em greve, entre outras lideranças sindicais e políticas.
Manuela D´Ávila disse que temos que mobilizar politicamente os trabalhadores e construir um espaço maior de debate das questões da mulher. Afirmou que sua candidatura a presidente da República decorre da tensão que vivemos sob um governo ilegítimo. “O governo não enfrenta o problema central, está sempre tentando resolver o problema patronal e não os problemas do País. A crise que estamos vivendo e da Petrobras tem várias etapas, mas a maior é que o governo tem um projeto antinacional”.
“Neste momento de crise é preciso reafirmar que a saída para a crise são as eleições livres. Precisamos transformar as eleições em um espaço de reflexão sobre os rumos para o País. É o momento de debatermos sobre o projeto de desenvolvimento do Brasil”, ressaltou a pré-candidata.
A pré-candidata também falou sobre a necessidade de uma justa reforma tributária e defendeu a correção da tabela do Imposto de Renda. “O Brasil não combate a sonegação, os mais pobres são tributados no consumo e os ricos não pagam impostos”.
Ela defendeu, também, o fim do congelamento dos investimentos em educação e saúde, entre outras áreas sociais, e a continuidade da política de valorização do salário mínimo, que vence em 2019. “Como lidar com 48 milhões de pessoas que recebem salário mínimo? Não podemos viver um ciclo de derretimento das conquistas anteriores”.
Segundo ela, desenvolver o Brasil é um sonho a ser realizado pelos brasileiros e não será possível se não tomarmos o debate em nossas mãos”, afirmou.
No final respondeu a várias perguntas dos trabalhadores sobre educação, emprego, capacitação do trabalhador, impostos, reforma tributária e Petrobras.
Miguel Torres, em agradecimento final aos metalúrgicos, dirigentes sindicais e lideranças políticas presentes, disse à pré-candidata Manuela: “Precisamos dar uma virada na política econômica do País e olhar para quem realmente precisa: as famílias em situação de rua, de pobreza e de miséria, os desempregados, os excluídos e a classe trabalhadora que sofre com a exploração e os ataques aos seus direitos sociais, previdenciários e trabalhistas”.
Veja na íntegra como foi o encontro:
Clique aqui ou na imagem acima para ampliar em pdf o informativo do Sindicato distribuído aos participantes do encontro com a pré-candidata Manuela
Expressiva presença dos trabalhadores no auditório do Sindicato
Chris Oliveira (violão e voz) e Larissa Lima (voz) animaram o encontro com música popular de qualidade
Por Débora Gonçalves e Val Gomes (Assessoria de Imprensa do Sindicato), Vitor Nuzzi (RBA) e Portal PCdoB