Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Líderes sindicais cobram mais arrojo na ação do BC

 

Paulo Justus

 

Representantes dos trabalhadores consideraram tímida a queda de 1 ponto porcentual na taxa Selic, decidida ontem pelo Copom. Para o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o Banco Central poderia ter sido mais arrojado.

 

“A Selic deveria ter caído pelo menos dois pontos. Poderíamos até comemorar porque não somos mais os juros mais altos do mundo, mas vamos continuar lutando para a queda dos juros no País”, disse. A Força vai aproveitaras o Dia do Trabalho para protestar contra os juros altos e o desemprego.

 

Paulinho lembra que o governo precisa ter mais ousadia para ajudar o setor produtivo. “O País gasta uma verdadeira fortuna com pagamento de juros, quando precisamos urgentemente desses recursos para saúde, educação, saneamento básico e moradia. Falta sensibilidade social ao governo, que insiste em manter a taxa Selic em patamares proibitivos para o setor produtivo.”

 

O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, disse que a medida pouco contribui para amenizar os efeitos da crise no Brasil. “A queda deveria ser no mínimo de dois pontos, para que demonstrasse a sensibilidade do Banco Central com alguns setores que ainda têm recuperação tímida”, afirmou.

 

Patah, que também preside o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, diz que o governo tem subestimado a importância do serviço e do comércio. “Esses setores são os que mais geram empregos e recebem o efeito mais imediato da queda nos juros.”

 

Em nota, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, disse que a decisão do Copom foi acertada, porém tímida. “O momento é favorável a um corte mais significativo e isso criaria expectativas favoráveis aos investimentos, à produção e à manutenção dos empregos.