Miguel Torres
Na semana passada, o presidente Trump anunciou que os Estados Unidos irão sobretaxar a importação do aço em 25% e o alumínio em 10%. Se esta medida unilateral for confirmada e aplicada às exportações brasileiras, corremos o risco de ter a nossa produção diminuída e perder em torno de 400 mil empregos no Brasil.
Imediatamente, manifestamos repúdio por meio de uma nota à imprensa. E para chamar a atenção da sociedade e cobrar uma posição firme do governo brasileiro contra este protecionismo, a CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), a Força Sindical e outras centrais realizaram um protesto nesta segunda, 5, em frente ao Consulado Norte-Americano, em São Paulo.
“Foi um ato pacífico, simbólico, o primeiro de um série de ações contra esta medida unilateral do Trump e em defesa dos empregos no Brasil e da indústria nacional. Não podemos aceitar que justo agora, com sinais de retomada do crescimento econômico no País, uma decisão destas venha nos afetar negativamente”, diz Miguel Torres, presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e vice-presidente da Força Sindical.
“Esta sobretaxa do aço e alumínio, criada pelo presidente norte-americano Donald Trump, é uma decisão que gera conflito mundial no comércio e desemprego em vários países, inclusive no Brasil. Toda pressão portanto é necessária, do movimento sindical e trabalhadores, dos empresários e do governo brasileiro. Esperamos que o governo Trump volte atrás nesta decisão”, diz João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical.
O protesto foi organizado principalmente pelos diretores e assessores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, com participação de dirigentes de outras categorias da Força Sindical e outras centrais. Contamos com as presenças de José Heitor Santana, diretor de Relações Sindicais do Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Branco/MG, Uébio José da Silva, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores de Transportes Aéreos, e Luiz Carlos Prates, o Mancha, membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
O ato foi reforçado com faixas, um manifestante vestido de Homem-de-Ferro (simbolizando a defesa do aço brasileiro) e um grande painel retratando o presidente Trump como um “vampirão” que morde e esmaga os empregos no Brasil e em outros países.