Carlos Aparício Clemente, diretor do Sindicato e coordenador do Espaço da Cidadania, apresenta evolução no índice ao longo de 12 anos. Foto: Cristiane Alves
As metalúrgicas da região de Osasco dão exemplo para o país em termos de cumprimento da Lei de Cotas, a lei que obriga as empresas com cem ou mais trabalhadores a contratar pessoas com deficiência. Em dezembro de 2017, em média, 95% das vagas previstas na lei estavam preenchidas.
É o que mostra a 12ª pesquisa “Lei de Cotas – Trabalhadores com deficiência no setor metalúrgico de Osasco e Região”, divulgada nesta sexta-feira, 23, pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, com o apoio da Gerência Regional do Trabalho de Osasco e do Projeto de Inclusão da Pessoa com Deficiência em São Paulo.
Um dos resultados mais expressivos é a permanência de uma cultura de inclusão, apesar do enxugamento do quadro de trabalhadores em muitas empresas: 72,7% delas mantêm a contratação de pessoas com deficiência, mesmo tendo deixado de contar com cem trabalhadores ou mais. “Se há empresas em dúvidas sobre se tem de contratar ou não e a eficiência desses trabalhadores, ouçam a experiência dessas empresas”, convida o coordenador da pesquisa, Carlos Aparício Clemente.
São minoria as empresas que ainda insistem em não contratar ou descaracterizar o objetivo da lei, são casos isolados que estão na “mira” do controle social e poderão ser objeto de fiscalização. No entanto, comparado a 2016, o índice de contratações ficou 10,7% menor que o registrado em 2016.
Os setores que mais contrataram em 2017 são: trefilação de metais (111,1%), seguido pelas autopeças (107,4%).
Cristiane Alves
Assessoria de Imprensa