Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Vinícius Segalla
do Agora

O Brasil fechou o mês de março com 34.818 mil vagas de emprego a mais do que tinha em fevereiro, o que representa uma leve melhora no mercado de trabalho.

O Estado de São Paulo foi o que teve maior saldo, com 34.231 postos a mais em março. O resultado se deve às cidades do interior e de menor porte, já que tanto na Grande São Paulo (com 3.218 vagas a menos) quanto em municípios como Santos, Ribeirão Preto, Sorocaba e Bauru houve queda no saldo de emprego.

Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego), divulgado pelo Ministério do Trabalho. Os números mostram que, apesar da recuperação do último mês, a economia brasileira está longe de ter superado a crise. Considerando os dados dos três primeiros meses do ano, este foi o pior primeiro trimestre dos últimos dez anos, com um saldo negativo de 57,7 mil vagas.

“Nem mesmo os números de março podem ser considerados absolutamente positivos”, diz Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). “Enquanto foram criadas 34,8 mil vagas em março, um número três vezes maior de novos trabalhadores chegaram ao mercado”, explica.

São Paulo

Lúcio acredita que a recuperação do Estado de São Paulo se deu graças às indústrias do interior, que demitiram muito no ano passado e, agora, estão retomando o ritmo normal. “Pequenas fábricas perderam pedidos no final do ano e demitiram. Agora, os clientes voltaram a contratar, e as indústrias, a empregar”. Já na Grande São Paulo, por outro lado, a maior parte dos empregos é no setor de serviços, que ainda não apresenta recuperação significativa.