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Ato contra crise reúne mais de 100 mil no País

Emerson Coelho

Do Diário do Grande ABC

Mais de 100 mil pessoas marcharam ontem em todo o País contra a crise e as demissões, em um ato unificado promovido pelas centrais sindicais. Os manifestantes também pediram a redução, em dois pontos percentuais, da taxa básica de juros, a Selic, hoje em 10,25%.

O movimento dos trabalhadores, realizado em 15 capitais, reuniu em São Paulo, segundo a CUT (Central Única dos Trabalhadores), 30 mil manifestantes e aconteceu no exato instante e local – avenida Paulista – onde o ministro da Fazenda, Guido Mantega. anunciava mais um pacote de benefícios fiscais a setores da indústria.

“Acho que foi uma manifestação que demonstra a maturidades de nossos trabalhadores e de unidade das centrais sindicais e movimentos populares. Nesse ato buscamos uma forma de pressionar e chamar a atenção da sociedade para um debate de solução para a crise, exigindo medidas dos governos federal, estadual e municipal”, disse o presidente da CUT, Artur Henrique.

Em São Paulo a manifestação começou por volta das 10h30 em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), onde os manifestantes bloqueavam totalmente o sentido Consolação. Depois eles passaram a ocupar duas faixas deixando outras duas livres.

Em outros pontos da cidade, manifestantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) chegaram a bloquear os dois sentidos da Rodovia Régis Bittencourt por cerca de 15 minutos.

Faixas e cartazes reproduziam as reivindicações dos manifestantes: ´não as demissões´´. ´redução dos juros´´, ´reforma agrária já´´, entre outras. Estiveram envolvidos no ato CUT, Força Sindical, MST, UNE, UBES, além de contar com articulação de organizações internacionais, entre elas a CSI (Confederação Sindical Internacional) e a CSA (Confederação Sindical das Américas).

Em Brasília, os sindicalistas reuniram cerca de 300 pessoas em frente à sede do Banco Central, onde defenderam a assinatura de uma medida provisória pelo presidente que obrigue empresas a garantirem empregos por dois anos, em face da crise econômica.