Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Ato em defesa do emprego na Zamprogna/Usiminas

 


Tensão – Policiais e dirigentes discutem na porta da fábrica

24/03/2009, terça, de Campo Limpo Paulista (SP) – Dirigentes da Federação e mais 13 Sindicatos participaram na manhã desta segunda-feira, 23, de uma manifestação em solidariedade aos companheiros da Zamprogna, que fica na cidade de Campo Limpo Paulista, extensão de base do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí.

O ato teve por objetivo protestar contra o descumprimento da direção da Zamprogna, recém-adquirida pela Usiminas, aos acordos fechados com o Sindicato de Jundiaí em audiências realizadas no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-15), em Campinas.

Entre os desrepeitos à decisão judicial está o não pagamento da segunda parcela de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) aos mais de 130 metalúrgicos que trabalham na empresa, que ainda mantém unidades em Guarulhos e Porto Alegre. Ao menos a unidade de Guarulhos acompanhou, simultaneamente, a manifestação.

De acordo com Eliseu Silva Costa, presidente do Sindicato de Jundiaí, depois da aquisição da Zamprogna pela Usiminas as negociaçõe endureceram com os trabalhadores, que estariam enfrentando pressões para não participar em atos realizados na porta da fábrica.

“A empresa nos arrocha em duas situações. A primeira, ao deixar no ar a possibilidade de demissão se dermos apoio ao sindicato; e a segunda, quando não define uma política clara de trabalho. Temos receio da unidade fechar”, afirmou um trabalhador que solicitou que não divulgassem o seu nome.

Para Eliseu, o presidente do Sindicato de Jundiaí, a Usiminas lança mão de uma política sórdida de relacionamento com os trabalhadores.

“De uma hora para outra foi rompido um acordo, unilateralmente, com a alegação de que os funcionários não tem direito à PLR. Mas, que fique bem claro, PLR é lei, não esmola”, declarou, informando que as manifestações serão semanais até a direção da Usiminas retomar os diálologos com os metalúrgicos.

“O posicionamento da empresa é totalmente equivocado. Por isso, vamos marcar atos como este até que tudo fique bem resolvido”, observou.

TENSÃO – O ato público teve momentos tensos, em especial quando da chegada de policiais militares, que tentaram coibir os sindicalistas de conscientizar os trabalhadores do setor admiistrativo a aderir à manifestação.

Para Luís Carlos Oliveira, o Lu, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, a tentativa de criminalizar a manifestação pacífica foi lamentável. “Eu gostaria de saber se a Polícia usaria a mesma força se aqui estivessem os diretores da Usiminas”, discursou de cima de um caminhão de som aos presentes no ato.

O vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos de São Paulo, Chico do Sindicato, avalia que a manifesção desta segunda teve saldo muito positivo.

“Marcamos presença e mostramos união e força. Demonstramos para a Usiminas que a decisão dela não foi nada correta, e que não vamos descansar enquanto não for pago o que é de direito do trabalhador”, esclareceu.

Por Assessoria de Imprensa
Bira Mariano e Ricardo Flaitt, Alemão

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