Nesta quarta-feira, 28 de maio, os trabalhadores voltaram às ruas no Dia Nacional de Lutas e Mobilizações pela Redução da Jornada de Trabalho e pela ratificação das Convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em São Paulo, ocorreram atos e paralisações em indústrias e em empresas de transportes coletivos nas zonas Sul, Leste, Norte e Oeste.
O presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno Bezerra, esteve às 6h no Largo do Sapo, na Mooca, e, às 8h00, na Avenida Roberto Marinho, Zona Sul, na marginal Pinheiros, próximo à Ponte Estaiada. Neste local, ocorreu uma grande concentração de trabalhadores.
De lá os trabalhadores e sindicalistas seguiram para os atos programados na capital paulista por todas as centrais sindicais. Às 11h00, na Rua 24 de Maio, , em frente à loja C&A, e, ao meio-dia, no Parque Dom Pedro, no centro da capital.
Objetivos: de norte a sul do País foram realizados atos públicos, passeatas, paralisações e assembléias, numa grande mobilização para sensibilizar o Congresso Nacional a aprovar medidas de interesse dos trabalhadores. É preciso lutar para que o bom momento da economia se traduza na geração de empregos, de melhores salários e mais distribuição da renda, na garantia de direitos e ampliação das conquistas trabalhistas.
Com a Redução da Jornada de Trabalho Constitucional para 40 horas semanais sem redução dos salários, através da aprovação do Projeto de Emenda Constitucional 393/01, serão criados mais de 2 milhões de novos empregos além de possibilitar um tempo maior para os trabalhadores dedicarem-se às famílias, ao estudo, à qualificação profissional, ao descanso e ao lazer.
Também estamos mobilizados para que o Congresso Nacional ratifique a Convenção 151 (direito de negociação coletiva dos funcionários públicos), importante passo para reconhecer os direitos dos funcionários públicos à negociação coletiva para determinar salários e demais condições de trabalho e a Convenção 158 (contra a demissão imotivada), que visa estabelecer limites à demissão imotivada, raiz da prática da rotatividade da mão-de-obra amplamente difundida entre as empresas para diminuir os salários e precarizar o emprego.