BERLIM – A queda-de-braço entre a norte-americana General Motors e o governo alemão ganhou um novo capítulo ontem. Carl-Peter Forster, chefe da GM na Europa, anunciou que o plano de saneamento da Opel – divisão na norte-americana na região – contempla, além da solicitação de ajudas estatais, o corte de mais 3.500 postos de trabalho e reduções salariais. “Deveremos suportar novos cortes na receita. Além disso, será necessário contar com a redução de, esperemos, não mais que 3.500 postos de trabalho”, diz Forster, acrescentando que é favorável que os quatro estados alemães onde há fábricas da Opel adquiram capital da empresa, de modo a garantir sua sobrevivência.
Apesar da crise, a Opel se tornou a segunda marca que maior número de veículos vende no mercado alemão, com 22 mil negociados em fevereiro e um aumento de 4,2% frente ao mesmo mês de 2008.
Para continuar em atividade, a Opel busca a separação da matriz norte-americana, operação que demandaria uma ajuda federal de US$ 3,3 bilhões. No entanto, o governo de Angela Merkel se recusou a contribuir com o montante alegando que o capital poderia ser usado para cobrir dívidas da GM nos EUA.
Jaime Ardila, presidente no Brasil e na América Latina da GM, afirmou ontem que a montadora manterá o nível de emprego nas fábricas instaladas no País. A manutenção dos trabalhadores será possível, segundo Ardila, pela relativa estabilidade da economia brasileira.
A queda-de-braço entre a norte-americana General Motors e o governo alemão ganhou um novo capítulo: a GM Europa anunciou 3.500 demissões e reduções salariais na Opel.