Cleide Silva
A região denominada pela General Motors de Laam (que envolve América Latina, África e Oriente Médio) foi a única a obter lucro no ano passado, de US$ 1,3 bilhão, empatando com o resultado recorde de 2007. O Brasil responde por 42% das vendas do bloco, que somaram 1,3 milhão de veículos em 2008. O faturamento também foi recorde, atingindo US$ 20,3 bilhões.
O balanço não foi melhor porque a crise financeira internacional, que secou o crédito no último trimestre de 2008, também teve reflexos na região, que no período apresentou prejuízo de US$ 181 milhões (ou de US$ 154 milhões antes dos impostos), quebrando uma sequência de 19 trimestres de ganhos desde 2004.
A GM informou em seu relatório que os resultados do trimestre na Laam foram impactados pelo baixo volume da indústria no Brasil, Venezuela e outros mercados importantes para o grupo, além da taxa de câmbio desfavorável.
A América do Norte perdeu US$ 14,1 bilhões em 2008, sendo US$ 3,5 bilhões no período outubro-dezembro. Na Europa, o prejuízo foi de US$ 2,8 bilhões, dos quais US$ 1,9 bilhão no último trimestre. Já na Ásia/Pacífico o prejuízo nos últimos três meses somou US$ 917 milhões, levando a região a um resultado negativo de US$ 800 milhões no ano.
Na semana passada, o presidente da GM do Brasil, Jaime Ardila, declarou que a subsidiária vai manter este ano sua política de enviar dividendos à matriz, o que deve ocorrer no segundo semestre. Será o terceiro ano seguido de remessas, mas ele não divulga valores.