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FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA
O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região decidiu ontem que a GM deverá indenizar os 802 trabalhadores de sua fábrica em São José dos Campos (91 km de São Paulo) demitidos no início de janeiro, no que foi o primeiro corte em massa entre as montadoras de carros instaladas no Brasil desde o início da crise global.
Todos os demitidos haviam sido contratados por prazo determinado, de um ano. O contrato venceria em julho, mas foi rescindido. Pelo acordo feito com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a quebra implica o pagamento de 50% dos salários restantes até o fim do contrato.
Segundo a decisão, agora os trabalhadores deverão receber os seis meses de salário a título de indenização. A empresa pode recorrer.
Os desembargadores, porém, não atenderam o pedido do sindicato, que queria a anulação das demissões.
“Essa decisão é fruto da luta dos trabalhadores. Mas é uma vitória parcial porque o nosso objetivo é garantir o emprego”, disse o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, Luiz Carlos Prates.
Procurada, a assessoria da GM não soube dizer se a empresa vai recorrer da decisão. Na época das demissões, a empresa alegou a necessidade de readequar a produção devido à queda nas vendas.