Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos paulistas unidos contra o desemprego

Dirigentes dos 55 Sindicatos ligados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo reuniram-se hoje (10/2), às 10 horas, na sede da entidade, com objetivo de unificar as ações para combater a onda de desemprego que assola o País e estabelecer regras para os acordos.

“Temos que fazer um levantamento do lucro das empresas no período que antecedeu a crise”, destaca Francisco Sales, Chiquinho, Vice da Federação.

Redução da jornada x salário

Uma das discussões é o limite de redução da jornada e do salário. De acordo com a legislação trabalhista o máximo permitido para redução do salário é de 25%, já para redução da jornada não há limite, por um período de três meses, renovável pelo mesmo período, desde que por meio de negociação com o Sindicato.

“Não vale tudo para salvar o emprego. De nada adianta um sindicato fazer acordo de 40% de redução do salário, pois, futuramente a Superintendência do Trabalho não vai aceitar”, explica Oswaldo Ansarah, (foto), assessor jurídico da Federação. 

Ação fábrica por fábrica

Diante do impasse nas negociações, a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo adotou a estratégia de: comprovação de que a empresa realmente está em dificuldade finaceira, comprovado documentalmente; negociação por fábrica, centralização das negociações, formação de equipe com economistas e advogados para auxiliar os diretores nas negociações.

O primeiro acordo foi com empresa Valeo, que fabrica faróis e componentes eletrônicos para carros. Em São Paulo, as demissões estão concentradas no setor de autopeças.

Osasco

Uma cláusula diferenciada está sendo instituída nos acordos pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco. A empresa que demitir depois do período do acordo, o Sindicato exige que o dinheiro economizado seja restituído aos trabalhadores.

Ações em Guarulhos

O Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos possui, aproximadamente, 1.400 empresas na base. Dessas, 50% são do setor de autopeças.

Em Guarulhos foram realizados apenas dois acordos de redução de jornada, na ordem de 16,67%, equivalente a cinco dias de trabalho.

“Percebemos que as demissões, geralmente, atingiram os trabalhadores contratados para o período do ano passado, em que o setor estava aquecido”, esclarece Dr. Marcílio, advogado do Sindicato.

O Sindicato realizou um encontro com 50 empresários ligados ao CIESP para apresentar os pontos que podem ser negociados de acordo com a legislação. Para o presidente José Pereira, é preciso fazer um levantamento para termos parâmetros, porque não o setor automotivo aumentou a produtividade.

Jundiaí

A situação não é diferente em Jundiaí. Assembléias na base reafirmaram a posição dos trabalhadores pela redução da jornada para manutenção do emprego.

Piracicaba

Um dos primeiros layoff do Brasil foi realizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, em 1998. Agora estamos retomando essas ações para evitar novas demissões. A Caterpillar, maior empresa da base de Piracicaba, mesmo com acordo demitiu cerca de 500 trabalhadores. “Temos que organizar um ato para intensificar nossas ações”, ressalta o presidente José Luiz.

São Caetano do Sul

O Sindicato estabeleceu acordo na GM, que garantiu o emprego de 1.600 metalúrgicos que trabalham sob contrato temporário de trabalho.

Santo André

O presidente Cícero Firmino colocou em discussão a ajuda do Governo às empresas, principalmente do setor automotivo. “É preciso que a Central e a Federação ajudem as empresas do interior, porque o aporte do Governo só chega às grandes empresas”.

Ribeirão Preto e Sertãozinho

Muitas empresas estão em greve, porque não apresentaram nenhuma proposta ao Sindicato.

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