Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Crise vai tirar mais 51 milhões de empregos


PREVISÃO DE CORTES ATÉ O FINAL DE 2009 AUMENTA O NÚMERO DE DESEMPREGADOS PARA 230 MILHÕES EM TODO O MUNDO

A crise econômica mundial iniciada no ano passado poderá deixar sem emprego até o final de 2009 cerca de 51 milhões de pessoas no mundo, caso as condições econômicas mundiais continuem na mesma situação.

O número de cortes, previsto pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) em seu relatório anual, corresponde às populações inteiras dos Estados de São Paulo (39,8 milhões) e do Rio Grande do Sul (10,5 milhões) somadas, segundo dados do IBGE.

A taxa de desemprego mundial pode chegar a 7,1% neste cenário, contra os 6% de estimativa anterior. A alta no número de desempregados é a maior desde que a OIT iniciou a contagem da situação dos trabalhadores, em 1991. Isso elevaria para cerca de 230 milhões o número total das pessoas que não terão emprego até o final do ano em todo o mundo, contra 190 milhões em 2008 (um crescimento de 21%).

Se considerada apenas a América Latina, até 23 milhões de pessoas viverão sem emprego até o fim de 2009, ante 19 milhões em 2007.

“A mensagem da OIT é realista, não pessimista. Estamos agora encarando uma crise global de empregos”, disse o diretor-geral da organização, Juan Somavía, em um comunicado. “Muitos governos estão conscientes e agindo, mais uma ação internacional mais decisiva e coordenada é necessária para evitar uma recessão social global.”

O peso dos cortes de empregos deve se fazer sentir mais nos países desenvolvidos, mas os países em desenvolvimento sofrerão um forte impacto, segundo a OIT. A organização havia informado ontem que, na América Latina, a crise deve eliminar cerca de 2,4 milhões de empregos neste ano.

Cortes na Boeing

A fabricante de aviões Boeing informou ontem que planeja cortar até 10 mil funcionários ao longo de 2009. A empresa viu suas vendas caírem 27% no final de 2008. As demissões atingem 6,25% dos 160 mil funcionários da companhia americana, segunda maior fabricante de aviões do mundo. (UOL e FSP)