PRESIDENTE DA FIESP DIZ QUE EMPRESAS TERÃO DE DEMITIR SE NÃO HOUVER ACORDO. TRABALHADORES PROPÕEM BANCO DE HORAS E REDUÇÃO DE JORNADA
Após reunião do Conselho Superior Estratégico da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que reúne representantes das maiores empresas do país, o presidente da entidade, Paulo Skaf, disse que as companhias terão que demitir se os sindicatos de trabalhadores não fecharem acordos.
No final da tarde, representantes da Força Sindical e da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) apresentaram uma proposta de acordo. Eles aceitam férias e licença remuneradas, banco de horas, suspensão temporária do contrato de trabalho e redução de jornada com redução de salário, mas todas elas vinculadas ao compromisso de as empresas não demitirem mais trabalhadores.
Entretanto, Skaf disse que as companhias não estão dispostas a garantir a estabilidade. “Precisa ficar entendido que não falamos de garantia de emprego”, afirmou.
Segundo as centrais, uma resposta é esperada na próxima reunião com os patrões, marcada para dia 20.
Para o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, ao propor a flexibilização do trabalho sem garantir os empregos, os empresários vão provocar um estremecimento nas relações com os trabalhadores. A CUT defende a limitação das horas extras e a desoneração da folha de pagamentos, mas se opõe à Bolsa-Qualificação -suspensão do trabalho com a realização de um curso pelo trabalhador- e à redução de jornada com redução de salários.
Para o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, ainda há espaço para garantir empregos. “Ocorre que as empresas querem a flexibilização de qualquer jeito. Não é só pela crise”, afirmou.
(FSP e DO)