A Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro (Fedmet-RJ) promoveu encontro com trabalhadores da Fábrica Boechat, de Itaperuna, que faliu em fevereiro do ano passado. Mesmo os empregados que fizeram acordo, pedindo demissão antes da fábrica de peças de freios fechar as portas, estão até hoje sem receber. O presidente Sérgio Claudino, acompanhado da advogada Aysla Torres, reuniu os metalúrgicos e seus familiares para explicar como andam os mais de 190 processos trabalhistas que a Fedmet-RJ move na Justiça para que essas famílias possam reaver saldos de salário e as indenizações trabalhistas.
“Conseguimos, na Justiça, promover leilões e estamos aguardando que o juiz libere o dinheiro para que possamos repassar o que é devido aos trabalhadores”, afirmou Sérgio Claudino.
A advogada Aysla Torres explicou que já foram leiloados quatro caminhões, três carros e uma chácara, vinculada a um dos sócios da empresa. A dívida da Boechat para com os metalúrgicos, somando encargos trabalhistas e salários, ultrapassa os R$ 3 milhões. “Também conseguimos novos laudos periciais do PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), já que os laudos fornecidos estavam errados. Esses formulários servem para dar entrada na aposentadoria especial, que a grande maioria dos trabalhadores tem direito. E estamos, também, conseguindo liberar as carteiras de trabalho retidas”, informou Aysla Torres.
O Departamento Jurídico da Fedmet-RJ considerou uma grande vitória a realização do primeiro leilão de bens no mesmo ano da decretação da falência. “Estamos nos empenhando ao máximo para conseguir junto à Justiça que todos os trabalhadores sejam pagos até o final de 2017”, completou Aysla Torres.
Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação Fedmet-RJ