Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Força Sindical

Miguel Torres participa do 4º Congresso Estadual da Força Sindical Pernambuco

O presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes, Miguel Torres, também vice-presidente da Força Sindical, participou na segunda, 20 de fevereiro, do Congresso Estadual da Força Sindical de Pernambuco.

“Levei nosso apoio aos debates da estadual de Pernambuco, neste momento crucial de enfrentamento às reformas que tiram direitos e de unidade do movimento sindical em defesa dos trabalhadores de todas as categorias e da retomada do desenvolvimento econômico do País”, diz Miguel Torres. 

O Congresso, coordenado por Rinaldo Lima Júnior, reeleito presidente da Força-PE, foi realizado em Recife (PE). Aldo Amaral elegeu-se vice-presidente.

Em seu discurso, Rinaldo defendeu a unidade da Força Sindical em favor do trabalhador Pernambucano. “Esta gestão será com unidade, que é assim que a gente vai enfrentar os problemas do trabalhador, que são muitos. E essa central é forte e plural. Esse evento só fez corroborar que somos hoje a maior central sindical do estado. Por isso vamos continuar ao lado do trabalhador, nas bases, defendendo os interesses das categorias” disse Rinaldo Junior.

Debates

Foram debatidos temas como ações sindicais para os próximos quatro anos, reforma da Previdência e a reforma Trabalhista, além da conjuntura econômica, e o Dia Nacional de Luta das Centrais Sindicais no dia 15 de março.

Para o presidente Rinaldo Júnior, as reformas Trabalhista e da Previdência impostas pelo governo Temer não trazem nenhuma vantagem para os trabalhadores. “Pelo contrário, retiram conquistas históricas, resultado de muita luta, que começou em 1922. Um retrocesso. Não podemos nos calar. O maior poder que temos é o que emana do povo, nas ruas. Por isso vamos para as ruas defender os diretos do trabalhador brasileiro”, ressaltou Rinaldo Junior,

O ex-ministro Antônio Rogério Magri, presente na plenária, endossou as palavras de Rinaldo Junior. “Fui ministro da Previdência e também do Trabalho. Sei das dificuldades. Mas, venho aqui endossar as palavras do companheiro Rinaldo Junior, presidente da Força Sindical em Pernambuco. Há tempos não vejo uma plenária tão respeitosa. Vemos que a situação no País é muito delicada e precisamos agir urgentemente. Na época, quando fui Ministro, engavetamos as reformas, porque vimos que não era o momento e precisávamos de mais discussão sobre os assuntos pautados na época. Era necessária uma discussão ampla, com participação de toda a sociedade, dos trabalhadores, dos patrões, dos intelectuais, para que todos contribuam. A maioria do Congresso inclusive é aposentada e não representa os trabalhadores”, ressaltou Magri.

Em seguida o ex-ministro convidou o advogado previdencialista, Ney Araújo, para proferir uma palestra sobre o assunto. Para o especialista, a PEC é “irreal”. Um retrocesso social. É o agravamento do empobrecimento no Brasil. E ninguém melhor do que vocês, sindicalistas, formadores de opinião de todo o estado, para levar essa informação para suas bases, para sua comunidade” ressaltou Ney Araújo.

Miguel Torres – Em seu discurso, o vice-presidente nacional da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes e da CNTM, ressaltou a importância dos Congressos Estaduais. Segundo ele, os encontros devem ser o primeiro passo antes de discutir, de forma nacional, as questões do trabalhador brasileiro.

O Congresso Nacional da Força Sindical será em junho deste e reunirá os sindicatos filiados de todo o Brasil, em um total de 1648 sindicatos.

“A Força Sindical faz o seu primeiro congresso estadual, num cenário tão complicado em que passa o País, de alto desemprego e instabilidade política. Temos aí milhões de desempregados, além de trabalhadores enfrentando uma dura crise econômica e um empresariado prejudicado pela política do governo Temer. Um ataque à industria e aos empregos. Isso mostra a visão do atual governo, em deixar o País fraco na questão do emprego, da tecnologia, da educação. O cenário das reformas que está sendo construído é para passar por cima dos trabalhadores, por isso nesse momento este debate é muito importante, para refletirmos o papel do movimento sindical na sociedade, pois temos na mão a responsabilidade de defender o direito e as conquistas históricas dos trabalhadores” destacou Torres.

Mesa – O presidente Rinaldo Júnior dividiu a mesa dos trabalhos com Miguel Torres e com o primeiro secretário da Força Nacional, Sérgio Luiz Leite, o Serginho, o secretário de Relações Sindicais da Força Sindical, Geraldino dos Santos, a Secretária de Agricultura Familiar da Força Nacional, Isália Damacena, o presidente da Força Sindical do Ceará, Raimundo Nonato, e o presidente da Força Sindical do Paraná, Nelson Silva de Souza (Nelsão).

Fotos Alex Líder

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