Cerca de 50 dirigentes de sindicatos de várias categorias participaram, nesta quinta, 19 de janeiro, da reunião convocada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e Força Sindical Estadual para discutir a formação de uma frente contra o desemprego, propostas para o desenvolvimento econômico da cidade e o encaminhamento aos governos municipal e estadual, visando a busca de uma solução conjunta para o problema.
Pesquisa apresentada pelo Dieese aponta o número de 1,9 milhão de trabalhadores desempregados na região metropolitana de São Paulo, dos quais cerca de 900 mil estão na capital.
Os dirigentes fizeram uma avaliação da situação econômica do País e da recessão, que está provocando o desemprego, perda de renda, jogando milhares de famílias de trabalhadores nas ruas, e acreditam que as reformas, como a previdenciária e a trabalhista, vão piorar as condições de trabalho e de vida da população e agravar o quadro social do País, segundo avaliação dos dirigentes.
Miguel Torres, presidente do Sindicato e da CNTM, citou como exemplos as questões do negociado sobre o legislado e da idade mínima para a aposentadoria. “Dependendo da situação, ou o trabalhador aceita a imposição da empresa ou vai pra rua. Também não temos uma política que garanta emprego até os 65 anos e o trabalhador não conseguirá se aposentar”, afirmou.
Segundo Miguel Torres, “estamos vivendo a falta de expectativas e o resultado são o desemprego e a falta de assistência a quem mais precisa. Temos que pensar soluções a curto, médio e longo prazo e um modelo de desenvolvimento para o município onde estamos”, afirmou.
O presidente da Força Estadual, Danilo Pereira, falou da importância de São Paulo no cenário econômico e social do País e disse que é preciso ampliar o movimento para outras cidades.
O presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, Chiquinho Pereira, disse que é preciso reagir e descobrir alternativas. “Boa parte destas pessoas que passaram a morar nas ruas, é devido ao desemprego. Acho que as entidades sindicais podem qualificar estas pessoas e tentar recolocá-las. O que não podemos é ficar de braços cruzados”, afirma Chiquinho.
Medidas – A cidade de São Paulo já aprovou o passe livre para o desempregado. Os sindicalistas cobram a aplicação imediata deste direito, como também ações de proteção às famílias que estão morando na rua – “a cada dia mais gente, famílias inteiras”, observa Miguel Torres.
Os dirigentes avaliaram como fundamental trazer mais sindicatos para o movimento e marcaram outra reunião para o próximo dia 26, quando, então, deverão definir as propostas a serem encaminhadas aos governos municipal e estadual. A reunião será realizada às 9h, na sede do Sindicato dos Eletricitários, na Rua Thomaz Gonzaga, 50, Liberdade.
Entidades participantes– padeiros, metalúrgicos, rodoviários, engenheiros, brinquedos, eletricitários, comerciários, asseio e conservação, servidores do judiciário federal, metroviários, taxistas, telefônicos, têxteis, alimentação-, da Confederação dos Trabalhadores Universitários e das centrais Força Sindical, UGT, Nova Central Sindical e CSP-Conlutas.
Pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi participaram os diretores Arakém (secretário-geral), Tadeu Morais (vice-presidente), Cláudio Prado (políticas públicas), Leninha, Carlão, Ester, Rodrigo, Adriano Lateri, José Silva, José Luiz, Uélio, Tito, Ceará, Teco e assessores.
Por assessorias de Imprensa da CNTM, Metalúrgicos de São Paulo e Agência Sindical