O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes está diariamente nas portas de fábricas, convocando a base para assembleia geral de mobilização na sexta (4). O presidente da entidade, Miguel Torres, falou à Agência Sindical sobre a campanha salarial da categoria no Estado, que tem data-base em 1º de novembro.
Segundo Miguel, com a recessão em que o País está mergulhado, o patronato fica mais intransigente na mesa de negociação e subestimando a mobilização dos trabalhadores.
“Temos acompanhado as negociações de outras categorias e visto como os patrões têm endurecido nas cláusulas econômicas, rejeitando repor a inflação, por exemplo, e pedindo o parcelamento do reajuste. Sabemos que não será fácil. Por isso, a importância de a base comparecer em massa nessa assembleia. É fundamental que todos se preparem para o enfrentamento que começa agora”, afirma.
Miguel explica que a ideia central da campanha é garantir a reposição da inflação e, entre os grupos que tiverem condições, pleitear aumento real justo. “Se houver necessidade de realizar paralisações, nós faremos isso. O importante é garantir uma negociação salarial que atenda às necessidades de todos trabalhadores”, destaca.
Pauta – As reivindicações da Campanha Salarial 2016 foram entregues ao setor patronal na Fiesp (Federação das Indústrias) dia 20 de setembro. O documento tem mais de cem cláusulas econômicas e sociais, com destaque para aumento salarial, valorização dos Pisos, reconhecimento do delegado sindical, licença maternidade de 180 dias e renovação das cláusulas sociais. O mote da campanha é “Nem um Direito a Menos”.
A campanha salarial é unificada, reunindo os 54 Sindicatos de metalúrgicos ligados à Federação da categoria e à Força Sindical. Juntas, as entidades representam mais de 700 mil trabalhadores. A assembleia será na sede do Sindicato, à rua Galvão Bueno, 782 , na Liberdade, a partir das 18 horas.
Mais informações: www.metalurgicos.org.br