Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de Volta Redonda/RJ (Sul Fluminense)

Sindicato conquista vitória inédita para trabalhadores da PSA

Na última quarta-feira (29/1), o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e os trabalhadores da PSA Peugeot Citroën conquistaram uma vitória inédita no Brasil. Apesar da redução de um turno, a partir do dia 17 de fevereiro, os trabalhadores conseguiram manter seu salário integral e todos os benefícios que a empresa oferece. As negociações entre a direção de RH e industrial da PSA e o sindicato, para garantir a manutenção desses empregos, estão acontecendo desde o final do ano passado. À frente delas estavam o vice-presidente Silvio Campos e os diretores Edmilson Alvarenga e Bartolomeu Citeli.

“Acabou o disse-me-disse que a PSA iria demitir milhares de trabalhadores. Chegamos ao fim de uma negociação na qual o sindicato garantiu, mesmo com a redução de um turno na empresa, que os postos de trabalho fossem mantidos”, comemorou Bartolomeu.

O acordo aprovado pelos funcionários da PSA prevê a suspensão do contrato de trabalho durante cinco meses por turno, estes trabalhadores receberão do Fundo de Amparo ao Trabalhador do Ministério do Trabalho, uma “Bolsa Qualificação”, com valor equivalente ao que receberiam do seguro-desemprego e a PSA complementará este valor até chegar a 100% do salário que recebiam. Além disso, a empresa oferecerá a eles um curso de qualificação durante o período que ficarem afastados.  Os benefícios existentes também serão mantidos, e mais os que forem acrescentados no acordo coletivo assinado durante a vigência da suspensão.

Desta forma, o emprego desses metalúrgicos está garantido por, pelo menos, mais quinze meses e, caso a empresa recupere o mercado nesse período, todos os três turnos voltarão a trabalhar normalmente. Ainda não há definição sobre qual turno iniciará esse revezamento, o que já se sabe é que a Equipe Azul não será a primeira, ficando a definição então entre as equipes Verde e Amarela. O sindicato continua pressionando a empresa para que esta escala seja definida o quanto antes, para acabar com a ansiedade dos funcionários.

Por Fabiana Longo
Jornalista – Sindmetal-SF
www.sindmetalsf.org.br