Difícil encontrar no Brasil alguém que não goste de uma feijoada bem feita. Qual é a boca que não se enche de água quando à mente vem esse prato servido em uma reunião familiar, um encontro com amigos, uma festa do bairro ou até mesmo no cardápio das empresas?
Um pouco de feijão preto, miudezas de porco, pedacinhos de carne e temperos fortes misturados em um caldeirão sobre chamas que resultam em uma espessa nuvem de cheiros e sabores incendiando os que se sentam a mesa.
Realmente, quem não gosta de feijoada? Mas, por outro lado quem conhece as histórias por trás desse prato?
A feijoada foi inventada por escravos, dizem. É verdade. Os ingredientes resultavam dos restos que os senhores não mais utilizavam nos banquetes diários. Mas, e as histórias por trás disso.
Quem era a mulher que recolhia dos alimentos? De qual país veio? Quem era o homem que plantava o feijão? Ele acompanhou o crescimento dos filhos? Será que eram pessoas importantes antes de serem escravizados? Onde dormiam? Viram o nascimento de seus netos?
A resposta a essas questões é o tempero histórico que os brasileiros de hoje não conseguem discernir ao provar essa iguaria da nossa culinária.
A feijoada é nossa. A feijoada é a história do Brasil. A feijoada é dos brasileiros brancos, negros, indígenas, amarelos, pardos, mulatos.
A consciência negra é para todos!
por Maria Rosângela Lopes
Secretaria de Assuntos Raciais da Força Sindical
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos do Vale do Sapucaí
Presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos de Minas Gerais
• Maria Rosângela Lopes, neste Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, receberá uma Moção de Congratulações pelo trabalho desenvolvido enquanto sindicalista na luta pela igualdade racial. A homenagem será conferida pela Câmara de Vereadores de Santa Rita do Sapucaí, MG.