Fotos Jaélcio Santana
Mobilização em frente ao Teatro Municipal de São Paulo |
Dirigentes sindicais da Força Sindical participaram nesta sexta-feira, 7 de junho, do lançamento da campanha pela recuperação das perdas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A manifestação começou em frente ao Teatro Municipal de São Paulo, na Praça Ramos, e terminou na Praça da Sé, no centro da capital.
Com presença de Miguel Torres, presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, e do deputado federal Paulinho da Força, presidente da Força Sindical, os manifestantes distribuíram à população um jornal explicando o rombo de bilhões no FGT. Participaram representantes sindicais dos metalúrgicos, químicos, práticos de farmácia, trabalhadores em edifícios, do setor da alimentação, gráficos, costureiras, construção civil e telecomunicações.
Miguel Torres entrega jornal e explica a ação coletiva por recuperação das perdas do FGTS |
“Desde 1999 não estão corrigindo o saldo do Fundo de Garantia como determina a lei”, diz Miguel Torres, “e isto está causando um rombo de bilhões de reais nas contas dos trabalhadores”.
A Força Sindical já entrou com uma ação na Justiça cobrando a diferença da correção monetária que não está sendo aplicada. “As perdas chegam a 88,3%, um verdadeiro crime econômico contra a classe trabalhadora”, diz Paulinho da Força, ressaltando que as perdas são resultado da manipulação da TR (Taxa de Referência), que incide no cálculo do FGTS.
A remuneração das contas do Fundo segue uma fórmula: Taxa Referencial (TR) mais juros de 3% ano. Como o governo vem reduzindo aos poucos a correção da TR – até chegar a zero em setembro do ano passado –, o reajuste das contas do Fundo também diminuiu. O resultado é que o trabalhador está sendo tungado.
Veja o que aconteceu:
• No ano 2000 a inflação foi de 5,27%, e o governo aplicou 2,09% nas contas;
• Em 2005 a inflação foi de 5,05%, e aplicaram 2,83% nas contas;
• Em 2009 a inflação foi de 4,11%, e as contas receberam só 0,7%;
• Desde setembro de 2012 a correção das contas tem sido de 0%.
Adesão:
O trabalhador deve procurar o Sindicato e entrar na luta pela revisão do FGTS. Para entrar na ação coletiva, que já está na Justiça, e recuperar o seu dinheiro, o trabalhador terá de assinar um termo de adesão e apresentar cópias simples dos seguintes documentos:
* cédula de identidade
* comprovante de endereço
* carteira de trabalho, onde conste o nº do PIS/PASEP, ou Cartão do PIS
* Extratos do FGTS
* Carta de concessão do benefício (no caso dos aposentados)
Os Sindicatos estão preparados para atender quem tinha saldo na conta do FGTS, a partir de janeiro de 1999, e estiver interessado em participar da ação coletiva de cobrança das perdas.
Carlos Lacerda, diretor de relações parlamentares da CNTM, participou do ato em São Paulo e disse que a campanha tem avançado em todo o País. “Os sindicatos dos metalúrgicos de Marabá e de Castanhal, no Pará, já mobilizaram a categoria para a adesão à ação coletiva.
A distribuição do jornal continuará sendo feita nas portas de fábrica, nos locais de grande concentração pública e nos bairros.
Paulinho da Força e Miguel Torres divulgam ação coletiva |
Por Val Gomes
Assessor de Comunicação CNTM
Fotos de Jaélcio Santana
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