Tiago Santana
Um milhão de pessoas presentes ao evento das centrais na zona norte de São Paulo
Um grande público compareceu à Praça Campo de Bagatelle, zona norte de São Paulo, para comemorar o 1º de Maio (Dia do Trabalhador) da Força Sindical, celebrar os 70 anos da CLT e reivindicar mais direitos e avanços econômicos e sociais no País.
Além dos shows populares e sorteios de prêmios, o evento abriu espaço para mensagens de líderes políticos (prefeito Fernando Haddad, senador Aécio Neves, ministro do Trabalho Manoel Dias e secretário-geral da Presidência da República GIlberto Carvalho) e dirigentes sindicais (pela Força Sindical: secretário-geral Juruna, Eunice Cabral, Luiz Carlos Motta, Antonio de Sousa Ramalho, Danilo Pereira e João Batista Inocentini).
Jaélcio Santana
O vice-presidente da Força, Miguel Torres, presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, saudou a classe trabalhadora e criticou a falta de diálogo do governo federal com o movimento sindical. “O governo reuniu-se 107 vezes com o empresariado e somente 11 vezes com os representantes dos trabalhadores”, disse Miguel Torres, lembrando que os setores conservadores tentaram “rasgar” a CLT com a Emenda 3 que, graças à forte mobilização sindical junto ao governo Lula, foi derrubada.
“Não aceitamos agora que a inflação prejudique a população e corroa os reajustes salariais dos trabalhadores. Por isto, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo deverá lançar ainda esta semana uma campanha salarial para garantir a recomposição salarial”, informa Miguel Torres. Ele também mencionou a solidariedade da CNTM e da Força Sindical aos trabalhadores da Nissan do Mississipi, nos Estados Unidos, que estão sendo impedidos de terem representação sindical em defesa de seus direitos.
A parte política foi encerrada com as palavras do presidente da Força Sindical Paulo Pereira da Silva, o Paulinho: “A CLT é guardiã dos direitos dos trabalhadores. Queremos preservá-la e ampliar os direitos sociais, políticos e econômicos da classe econômica no País”, disse Paulinho, reforçando a ideia de se combater a inflação, quando ela alcançar 3%, com campanhas salariais pela reposição salarial. “A inflação é uma praga que corrói os salários. Isto é inaceitável”.
Por Val Gomes
Assessor de Comunicação CNTM
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Em breve, mais matérias sobre o 1º de Maio em outras cidades e regiões do País.