Em ato realizado em São Paulo, nesta quarta-feira, 17 de abril, os sindicalistas refutaram a possibilidade de o Copom (Comitê de Política Monetária) aumentar a taxa Selic hoje. A medida, se for implementada, atenderá aos desejos do mercado financeiro, que também defendem a redução do número de empregos e dos aumentos reais de salários.
“A alta nos juros significa um retrocesso de dez anos. Vamos mandar um recado para a presidente Dilma: a crise se enfrenta com investimento e baixando os juros”, declarou Miguel Torres, presidente da CNTM do Sindicato dos Metalúrgicos de SP e vice-presidente da Força Sindical, que representou o presidente da Central, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, no ato.
“Não podemos admitir este cavalo de pau que o ministro Guido Mantega, da Fazenda, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, querem dar aumentando os juros”, diz Miguel Torres, mandando um recado aos dois: “se aumentarem os juros vamos voltar às ruas para pedir a cabeça deles”.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, destacou que não se pode reduzir a inflação via aumento da taxa de juros. “Defendemos a política de geração de empregos e elevação do volume de investimentos no País”, afirmou.
A secretaria nacional das Mulheres da Força Sindical, Maria Auxiliadora dos Santos, lembrou que juros altos tiram emprego e recomendou: “Diga não a inflação, recessão e sim a geração de empregos”.
Já Carlos Alberto dos Reis, Carlão, presidente do Sindicato dos Eletricitários de SP, afirmou que juros altos beneficiam os rentistas e jogam os trabalhadores na amargura.
Sindicalistas da CTB, Nova Central e UGT também se manifestaram contra os juros.
As centrais assaram sardinhas e tomates durante o protesto. A sardinha para protestar contra os tubarões do governo e dos empresários. E o tomate porque se transformou em vilão da inflação.
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