Metalúrgicos da Bosch, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) entraram hoje (26) no 11º dia de protesto em busca do aumento salarial de 2012 e contra o tratamento diferenciado que flexibiliza o salário do chão de fábrica e privilegia supervisores, gerentes e administrativo.
A mobilização iniciada no ultimo dia 15 foi intensificada nesta manhã com a paralisação de 1h (das 6h às 7h) dos trabalhadores do 1º turno. Este encaminhamento já tinho sido decidido em assembleia realizada na sede central do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) na manhã do ultimo sábado (24).
Os protestos realizados em todos os turnos podem se estender caso as negociações não avancem. “Nós podemos chegar a 20, 30 dias de protesto caso a empresa mantenha esta postura. Por isso esperamos o bom senso da Bosch para negociar um acordo salarial justo e que acabe com o tratamento diferenciado que precariza o benefício dos metalúrgicos e dá mordomias para determinados setores”, avisa o presidente do SMC, Sérgio Butka. Enquanto os trabalhadores da linha de produção sofrem cada vez mais flexibilização nos salários e nos benefícios, chefes, gerentes e supervisores continuam com: 14º salário e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) diferenciada.
Campanha Salarial
Além da luta por mais igualdade nos benefícios, os boscheanos também reivindicam um acordo salarial justo em 2012. A mobilização teve inicio no ultimo dia 1º de novembro quando os metalúrgicos autorizaram o SMC á iniciar as negociações com a Bosch. Desde lá então a negociação não avançou devido a política da empresa em flexibilizar ainda mais o salário do chão de fábrica. Entre as reivindicações dos trabalhadores estão: correção nos salários (3% de aumento real + reposição da inflação) e abono de no mínimo R$ 3,5 mil + correção salarial.
Sobre a Bosch
A unidade paranaense da Bosch situada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) produz bombas injetoras para sistemas a diesel e emprega cerca de 3,6 mil trabalhadores. A empresa possui mais quatro plantas no Brasil: duas em Campinas (SP), uma em Aratu (BA) e outra em Pomerode (SC). As unidades instaladas no país fabricam produtos para o mercado de reposição, ferramentas elétricas, sistemas de segurança, termotecnologia, máquinas de embalagem e máquinas industriais, além de prestar serviços automotivos para montadoras.
Por AGÊNCIA CONFRARIA
Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba
André Nojima
www.simec.com.br