Em reunião no final da tarde desta segunda-feira (10), o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) e Região decidiu, em reunião com trabalhadores, intensificar a campanha salarial nesta semana com paralisações e protestos nas fábricas a partir de terça-feira (11). Antes da reunião, a expectativa do vice-presidente do sindicato, Herbert Claros, era de que a categoria entrasse em greve a partir de terça-feira, mas os trabalhadores recuaram à espera de novas propostas patronais.
De acordo com Claros, as paralisações desta semana podem durar 24 horas ou períodos curtos como uma ou duas horas. “Vai depender da fábrica, se for uma que tem mais demanda, paramos 24 horas. Se for uma fábrica sem tradição de paralisação, podemos parar por duas”, afirmou Claros. A categoria fará assembleias durante a semana inteira para pressionar o setor patronal a atender reivindicações dos trabalhadores.
Os metalúrgicos de São José dos Campos pedem 7,48% de aumento real, além da reposição da inflação. De acordo com o vice-presidente do sindicato, a maioria das propostas foi de 5% de reajuste, o que exclui aumento real nem cobre a inflação do período.
No caso dos trabalhadores da General Motors, que fazem parte da base do sindicato, uma assembleia na manhã de terça-feira (11) irá definir os rumos da mobilização. Na noite desta segunda-feira, representantes da GM estavam reunidos com sindicalistas para discutir as propostas de reajuste salarial. “Amanhã trabalhadores decidem se vão rejeitar ou aprovar a proposta. Se rejeitarem, é muito provável que seja encaminhada uma greve (na GM)”, afirmou Claros.
Na última quarta-feira (5), a GM apresentou proposta de reajuste de 2% de aumento real e R$ 2.500 de abono salarial, rejeitada na quinta-feira (6), em assembleia dos trabalhadores.