O governo prepara nova ofensiva para pressionar a redução dos juros do crédito consignado do INSS, uma das modalidades mais seguras de empréstimo para os bancos.
O risco é baixo porque o banco faz o desconto direto na folha de pagamento da Previdência. O consignado já representa um quinto do total de crédito pessoal do mercado, segundo o Banco Central e a Previdência.
Apesar de bancos públicos e privados terem reduzido o consignado nas últimas três semanas, o corte foi considerado tímido para atender às necessidades dos 29 milhões de beneficiários do INSS.
Um dos sinais da ofensiva foi dado na sexta-feira, quando a Caixa anunciou taxa mínima de 0,75% (até seis meses) e a máxima de 1,77% (de 13 a 60 meses) ao mês –segundo corte em 12 dias.
“Desde novembro, pedimos ao governo redução mais drástica”, diz João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados.
Representantes dos aposentados cobraram ontem, em reunião do Conselho Nacional da Previdência, que bancos e governo se empenhem para cortar mais os juros.
Outra reivindicação é baixar de 30% para 20% o percentual que o aposentado pode emprestar. A parcela paga todo mês, por quem fez o empréstimo, não pode ser superior a 30% do benefício.
O número de fraudes com consignado do INSS subiu 19,7% em um ano.