Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Centrais cobram queda expressiva da taxa de juros

Dirigentes das centrais sindicais e movimentos sociais reivindicaram hoje (dia 7) uma redução forte na taxa de juros, durante ato realizado em frente o Banco Central em São Paulo. 

“Estamos protestando contra o maior mal da nossa economia que é a altíssima taxa de juro”, afirmou Miguel Torres, vice-presidente da Força Sindical, presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.

“Quando o governo resolveu aumentar os juros no início do ano passado, o movimento sindical alertou a presidente Dilma e a equipe econômica que a medida iria prejudicar o crescimento da economia. E, na verdade, ocorreu um tsunami sim, mas de juros altos, que afeta a indústria de transformação e dificulta a geração de empregos de qualidade e também a distribuição de renda”, disse Torres.

O vice-presidente da Força Sindical anunciou o ato contra a desindustrialização, que será realizada no dia 4, em São Paulo destacando que o País precisa adotar medidas para evitar o fechamento de indústrias, que sofrem forte concorrência dos produtos importados. “Precisamos voltar a trilhar o caminho do desenvolvimento”, enfatizou.

O ato foi conduzido pelo secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, e pelo  vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SP, Tadeu Morais de Souza.

Centrais

Luís Gonçalves, presidente da Nova Central em São Paulo, defendeu a queda da taxa de juros em reunião do Copom que será realizada hoje, em Brasília, para que o País tenham mais investimentos especialmente na indústria.
Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB, afirmou que a taxa de juros mais baixa é um dos instrumentos para o País voltar a crescer. “Precisa reduzir a taxa de juros porque não podemos nos conformar com este pibinho”.

Para Carlos Alberto Pereira, secretário-geral da CGTB, a queda de juros é fundamental. “Foram gastos 236 bilhões de reais no pagamento  dos juros, quantia que significa quatro vezes o orçamento da saúde”. Luiz Gonzaga, diretor da UGT, afirmou que o governo precisa baixar os juros e deixar de favorecer especuladores, transferindo as riquezas para os trabalhadores.

Desculpa

Fábio Alves Carvalho, diretor do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, lembrou dos argumentos usados pelo governo para não baixar a taxa de juros . “Agora não têm mais desculpas e manter os juros altos será um grande golpe contra os trabalhadores brasileiros”, disse.

Neuza Barbosa, Secretária Nacional de Políticas de Emprego e Qualificação Profissional da Força Sindical, ressaltou que o governo deve adotar uma política de baixar a taxa de juros rapidamente e de forma significativa, não apenas 0,5 pontos percentuais a cada reunião do Copom.

Para Valéria Cabral da Silva, do Sindicato das Costureiras de SP, o Brasil precisa baixar as taxa de juros para voltar a crescer com consistência e dar mais dignidade aos trabalhadores. “Caso contrário será o país dos importados”. 
A representante da UBES (estudantes secundaristas), Manuela Braga, defendeu o País com um novo desenvolvimento, com crescimento, jornada de trabalho justa e recursos para educação. Já Lídia Correa, da Mulheres do Brasil, considerou que a taxa de juros brasileira deve baixar para  níveis internacionais.

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