O pífio crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2,7% em 2011 é resultado da equivocada política econômica do governo. Esse “pibinho”, aquém das expectativas, é decepcionante para toda a sociedade brasileira. Como podemos alavancar a economia sendo campeões mundiais em taxa de juros e praticando uma nefasta política de incentivo às importações e à desindustrialização?
Os números devem servir de alerta para o governo, visto que nossa economia está praticamente caminhando de lado. Para que não tenhamos uma situação desastrosa e que esta ameaça se dissipe, é urgente que a política econômica abra espaço para o crescimento e que o País tenha uma estratégia para alavancá-lo. Para isso, é vital uma queda drástica nos juros, fortalecer ainda mais o mercado interno, expandir o emprego, distribuir a renda e incrementar os investimentos em infraestrutura e nas políticas sociais.
Também não podemos nos calar diante dos riscos devastadores da desindustrialização e do crescimento desenfreado das importações, que estão diminuindo nossa produção, fechando empresas e desempregando. Vale destacar que as importações, segundo dados divulgados pelo IBGE, subiram 9,7% em 2011 ante a 2010. Infelizmente, a insensibilidade de setores do governo, mantendo o câmbio valorizado, está promovendo uma enxurrada de importados, gerando empregos no exterior.
O governo precisa, em sintonia e diálogo com os trabalhadores e com todo o setor produtivo, aprofundar a política de fomento à economia, visando, com ações proativas, um desenvolvimento sustentável. Os trabalhadores anseiam que o governo estimule o crescimento da economia. O crescimento deve ser compartilhado com todos por meio de medidas que promovam a distribuição de renda e a diminuição das desigualdades sociais existentes no País.
Paulo Pereira da Silva (Paulinho) – presidente da Força Sindical
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