Folha de S. Paulo
DE BRASÍLIA
O Brasil elevou o tom nas negociações com a China e afirmou a representantes daquele país que não descarta o uso de proteção (salvaguarda) contra produtos manufaturados chineses.
A possibilidade foi colocada ontem durante reunião da Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação), que é o mais elevado mecanismo de consulta bilateral.
Representante do governo no grupo, o vice-presidente Michel Temer criticou em seu discurso o aumento “maciço e indiscriminado” da importação de mercadorias chinesas no Brasil.
Da parte dos chineses também houve reclamações. A delegação, liderada pelo vice-primeiro-ministro, Wang Qishan, reclamou do impacto provocado pelo aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre os automóveis importados.
(FLAVIA FOREQUE E MAELI PRADO)