Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Notícias

Em dia de greve na Grécia, premiê tenta acordo com líderes políticos

Valor Econômico

Por Dow Jones Newswires

ATENAS – O primeiro-ministro da Grécia, Lucas Papademos, e os líderes poíticos que apoiam seu governo interino vão tentar novamente, nesta terça-feira, chegar a um acordo sobre os cortes necessários para receber novo socorro financeiro dos parceiros da zona do euro e evitar o calote da dívida no próximo mês.  

As negociações vão ocorrer no mesmo dia em que o país enfrenta uma paralisação convocada pelos sindicatos dos setores público e privado contra novos cortes.

A insatisfação social na Grécia intensificou os riscos políticos para os líderes partidários, uma vez que eles devem equilibar as demandas de reforma com a necessidade de manter o apoio popular à frente das eleições neste ano. Manifestantes alegam que os novos programas de ajuste vão empobrecer as famílias e aprofundar ainda mais a recessão.

Cresce a pressão dos parceiros europeis sobre a Grécia para que o governo aceite uma nova rodada de duras medidas de austeridade em troca de um empréstimo de 130 bilhões de euros, prometido ao país em outubro do ano passado. Sem essa ajuda, a Grécia vai ter um resgate de títulos de 14,4 bilhões de euros no próximo mês e não vai conseguir pagá-lo, elevando o espectro de um default desordenado.

Essa ameaça tem feito a Grécia negociar detalhes de última hora sobre o novo programa de empréstimo com representantes da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE), conhecidos como troika.

Como condição para a ajuda adicional, os credores da Grécia exigiram um apoio suprapartidário para a reforma e para o programa de austeridade, a fim de garantir que não haja retrocesso quando assumir um novo governo.

Apesar do atraso, os três líderes do partido socialista Pasok, do Nova Democracia e do nacionalista Laos estão perto acordar um corte de 20% no salário mínimo da Grécia.

Além de cortes de salário, a troika pediu novos reduções nos gastos do governo, um corte de 15 mil servidores públicos e um enxugamento profundo em pensões suplementares pagas aos aposentados.

(Dow Jones Newswires)