Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Notícias

Mineiros da BHP em Queensland aprovam greve

Valor Econômico

Por Dow Jones Newswires

SÃO PAULO – A BHP Billiton Ltd. (BHP) está às voltas com mais uma rodada de greves em sete minas de carvão de coque em Queensland, depois de os trabalhadores terem rejeitado, nesta sexta-feira, uma oferta de acordo trabalhista apresentada pela companhia.

Uma data para a paralisação ainda não foi definida, mas um dos três sindicatos negociadores disse que os trabalhadores aprovaram greves com duração de até sete dias nas assembleias que ocorreram nos últimos dois dias.

As minas, que a BHP detém em parceria com a Mitsubishi Corp, foram atingidas por greves no fim do ano passado. Os sindicatos convocaram as paralisações em dezembro para retomar as negociações.

“Em um ambiente econômico cada vez mais desafiador, essa ação mais agressiva pelos sindicatos colocará em risco o funcionamento contínuo das minas de custo mais elevado da BMA  (aliança BHP-Mitsubishi)”, disse uma porta-voz da BHP em Melbourne.

Stephen Smyth, presidente distrital no Sindicato de Construção, Florestas, Mineração e Energia, disse que os trabalhadores rejeitaram “sonoramente” o acordo proposto e ficaram claramente frustrados com as conversas que se desenrolaram por mais de um ano.

Smith disse que a oferta não contemplou questões de segurança, ao recusar folgas para os mineiros que trabalham durante 12 horas por noites consecutivas e não atender demandas de pagamento isonômico. “Nossos membros só querem um acordo justo”, disse Smyth.

As greves do ano passado promovidas por mais de três mil trabalhadores afetaram a produção da BHP do insumo para produção de aço, que também foi impactada por monções e enchentes que varreram Queensland no início de 2011.

A BHP, maior exportadora do mundo de carvão de coque, informou no mês passado que sua parcela na produção das minas da BMA caiu 5,1% no último trimestre de 2011, em relação ao intervalo anterior, e advertiu que seria difícil prever o impacto das ações na produção e custos industriais.

“A companhia não pode e não vai reduzir seus direitos e obrigações de gerir o negócio, nem aceitamos destruir o regime de produtividade regime tal como  é proposto atualmente pelos sindicatos. A greve não vai mudar nossa posição, assim como ocorreu nos últimos oito meses”, disse a porta-voz da empresa. (Dow Jones Newswires)