Fotos de Iugo Koyama
Mônica, Pereira, Edison, Miguel Torres, Chiquinho Mococa e Claudio Magrão,
entre outros dirigentes metalúrgicos paulistas
Dirigentes dos 56 sindicatos de metalúrgicos filiados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e à Força Sindical deram início à Campanha Salarial 2011 com uma plenária de aprovação da pauta de reivindicações e o calendário de atividades. A plenária foi realizada nesta terça-feira, 23 de agosto, na sede da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo.
A pauta aprovada será submetida às assembleias e depois entregue à Fiesp e demais grupos patronais, com uma grande manifestação, no dia 27 de setembro.
Os principais itens da pauta, de um total de 150, são:
* reposição salarial
* aumento real (o percentual será definido no andamento das negociações)
* jornada de 40 horas
* valorização do piso salarial
* fim do teto de aplicação do reajuste
* fim das terceirizações
“A diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos apoia esta importante mobilização da categoria metalúrgica do Estado de São Paulo. Nesta pauta, além do aumento real e demais itens econômicos, destaco também a importância das cláusulas sociais para a família metalúrgica”, diz Mônica Veloso, presidenta da CNTM.
Os metalúrgicos da Força Sindical no Estado de SP somam cerca de 750 mil trabalhadores com data-base em 1º de novembro. A categoria está preparada para um duro processo de negociação a fim de superar os argumentos empresariais.
O tema da Campanha deste ano é “Brasil maior, só com Salário Melhor”.
De acordo com Claudio Magrão, presidente da Federação, “o governo lançou um programa chamado Brasil Maior, visando o desenvolvimento em sentido amplo, porém é preciso sempre lembrar que para se ter um Brasil forte e com economia crescente, também temos que pensar num todo como nação e isso, evidentemente, há de se colocar em destaque a valorização dos trabalhadores que movem esse país. E a Campanha Salarial é o momento de avançarmos nesse sentido por um Brasil Maior, com trabalhador com renda, qualidade de vida e direitos assegurados”.
Questões como o piso salarial e o teto salarial vão ser cruciais na hora da negociação. “O salário de ingresso na empresa continua baixo e sendo usado como meio para facilitar a rotatividade. De outro lado, quem ganha um pouco mais, não consegue ver seu salário ser reajustado porque tem o teto. Temos que virar esse jogo e isso só se muda com mobilização”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Jorge Nazareno, o Jorginho.
Miguel Torres, presidente do Sindicato de São Paulo, defende um grande envolvimento de todos os sindicatos em todas as etapas da mobilização. “Vamos manter a categoria informada e chamá-la para as assembleias e possíveis manifestações”.
Eliseu, de Jundiaí, concorda com a permanente mobilização para fortalecer a equipe sindical nas negociações.
Chiquinho Mococa, vice-presidente da Federação, propõe atos e assembleias unificadas em vários municípios, com a participação dos líderes sindicais dos metalúrgicos e da Força Sindical.
Cidão, de São Caetano, acredita que é preciso ter muita habilidade nas negociaçãoes deste ano para conquistar o aumento real almejado.
Por Val Gomes (Imprensa CNTM) e Cristiane Alves (Imprensa Sindicato de Osasco)