Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Manifestantes acampam em Madri pelo 5º dia consecutivo

Milhares de manifestantes permaneceram acampados pelo 5º dia consecutivo na praça Puerta del Sol, no centro de Madri, para protestar contra o que dizem ser a indiferença do governo à difícil situação econômica dos jovens.

Inspirados nos levantes populares que se espalharam pelo Oriente Médio e o norte da África, os protestos começaram de forma espontânea e se multiplicaram pela internet.

Os manifestantes reclamam contra a falta de emprego e moradia dos jovens, os cortes no sistema de benefícios do país e aposentadoria cada vez mais reduzida.

O desemprego entre os jovens espanhóis supera os 40%. Observadores apontam que a nova geração se enxerga como uma “geração perdida”, obrigada a trabalhar em situação pior que seus pais e avós, e sem direito às mesmas recompensas.

“Só queremos que os políticos prestem atenção nos cidadãos e melhorem as coisas. O mundo de hoje é mais rico e mais tecnológico que antes, e estamos lutando simplesmente para ter direito à mesma aposentadoria que nossos avós”, disse um jovem manifestante.

 
Protestos reclamam de dificuldades
enfrentadas principalmente pelos jovens

A mobilização é marcada pela falta de uma liderança clara: os sindicatos de trabalhadores são aliados do governo socialista espanhol, e os partidos conservadores têm uma plataforma com muito mais divergências que convergências em relação às demandas dos manifestantes.

Os protestos ocorrem a poucos dias das eleições regionais marcadas para o domingo. As autoridades madrilenhas tentaram proibir a aglomeração na praça mas, em vez de desanimar os manifestantes, a ameaça inflou ainda mais ânimos.