Inspirados nos levantes populares que se espalharam pelo Oriente Médio e o norte da África, os protestos começaram de forma espontânea e se multiplicaram pela internet.
Os manifestantes reclamam contra a falta de emprego e moradia dos jovens, os cortes no sistema de benefícios do país e aposentadoria cada vez mais reduzida.
O desemprego entre os jovens espanhóis supera os 40%. Observadores apontam que a nova geração se enxerga como uma “geração perdida”, obrigada a trabalhar em situação pior que seus pais e avós, e sem direito às mesmas recompensas.
“Só queremos que os políticos prestem atenção nos cidadãos e melhorem as coisas. O mundo de hoje é mais rico e mais tecnológico que antes, e estamos lutando simplesmente para ter direito à mesma aposentadoria que nossos avós”, disse um jovem manifestante.
Protestos reclamam de dificuldades
enfrentadas principalmente pelos jovens
A mobilização é marcada pela falta de uma liderança clara: os sindicatos de trabalhadores são aliados do governo socialista espanhol, e os partidos conservadores têm uma plataforma com muito mais divergências que convergências em relação às demandas dos manifestantes.
Os protestos ocorrem a poucos dias das eleições regionais marcadas para o domingo. As autoridades madrilenhas tentaram proibir a aglomeração na praça mas, em vez de desanimar os manifestantes, a ameaça inflou ainda mais ânimos.