“O mercado brasileiro está sendo invadido por máquinas e equipamentos importados”. Essa a opinião de Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq, ao apresentar o balanço do setor no primeiro bimestre de 2011.
Segundo os dados apresentados pela Abimaq, o déficit comercial no período já registra US$ 2,4 bilhões (importações de US$ 4,1 bilhões contra exportações de US$ 1,66 bilhão). Na opinião do dirigente, em 2011 o déficit deve dobrar em relação ao ano passado, chegando a US$ 30 bilhões.
No primeiro bimestre de 2011, as importações de bens de capital da China e da Coréia do Sul cresceram, respectivamente, 63,1% e 83,9%, em comparação ao mesmo período de 2010. “Para sobreviver a essa invasão asiática, o setor de máquinas e equipamentos precisa que o governo sejam adotadas medidas emergenciais, incluindo barreiras técnicas, necessárias à proteção da indústria nacional”, disse o presidente da Abimaq. “Precisamos acompanhar o que o mundo todo já faz, dando condições competitivas ao fabricante nacional”.
FATURAMENTO DO SETOR – O faturamento bruto deflacionado do setor de máquinas e equipamentos em fevereiro de 2011 foi de R$ 5,81 bilhões, volume 12% superior ao do mês de janeiro de 2011 e de 11,8% em relação a fevereiro de 2010. O resultado no bimestre foi de R$ 11 bilhões com crescimento de 10,9% sobre 2010.
Os setores que tiveram desempenho positivo no primeiro bimestre de 2011 contra o mesmo bimestre do ano passado foram máquinas para trabalhar madeira, bombas e motobombas, hidráulica e pneumática, máquinas agrícolas, outras máquinas e bens sob encomenda. Já os que apresentaram um desempenho negativo nesse mesmo período foram válvulas industriais, máquinas-ferramenta, máquinas têxteis e máquinas para a indústria do plástico.