Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Executivo desenvolveu negócios de carvão e níquel

Murilo Pinto Ferreira entrou na Vale em 1977 como consultor da Albrás. Por isso, consideram que ele esteve lá por 30 anos. Mas só em 1998 foi indicado e contratado por Otto Souza Marques como diretor e mais tarde presidente da Aluvale, holding que compreendia toda cadeia de alumínio, como as minas de bauxita, a Alunorte, de alumina, e a Albrás, de alumínio. Ferreira deu partida ao projeto de carvão de Moatize, em Moçambique, um dos primeiros grandes empreendimentos da Vale na África. Também implantou o portfólio de hidrelétricas da companhia, com as usinas de Capim Branco I e Capim Branco II, próximas das cidades de Uberlândia e Araguari, em Minas.

Na área de novos negócios foi o responsável pelo desenvolvimento de duas unidades na China: uma de carvão e uma coqueria, nas quais a Vale detinha 25% de participação. Como diretor de fusões e aquisições teve que liderar a negociação da compra da Inco.

Após a aquisição da canadense de níquel se tornou diretor-executivo da área de metais básicos, respondendo por não ferrosos (níquel e alumínio). Em seguida, mudou-se para Toronto, no Canadá, ao ser indicado como presidente executivo da Vale Inco.

No período de 2006 a meados de 2009, acumulou o cargo de CEO da Inco com o de diretor-executivo de alumínio, no Brasil, o que o levou a ser vítima de um mal-estar por estresse, vindo a deixar a Vale. Na Inco, teve uma passagem tranquila. “Quando Murilo esteve na Inco tive respeito por ele. Espero que agora, ao assumir a Vale, possamos ter esperança de que nossas relações com a empresa passem de ácidas para cordiais”, disse ao Valor Leo Gerard, presidente internacional do USW, sindicato dos metalúrgicos e mineiros do Canadá e EUA. (VD)