Publicada em 30/11/2010 às 19h17m
Cristiane Jungblut
BRASÍLIA – Líderes dos partidos da base governista e da oposição tentam viabilizar uma pauta de votações na Câmara. Para sensibilizar os parlamentares, o governo concordou com a votação do projeto de legalização dos bingos.
Em contrapartida, seriam votados o projeto que trata da regra de exploração do pré-sal, de interesse do governo, e duas propostas de interesse dos governadores: prorrogação de mecanismos da Lei Kandir e do Fundo Nacional de Combate à Pobreza.
Os partidos concordaram, mas parlamentares como o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) já avisaram que irão obstruir as votações da pauta acordada porque querem a votação da chamada PEC dos Policiais.
Para viabilizar a votação da pauta consensual, será necessário realizar sessão extraordinária. O vice-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), anunciou agora há pouco que, sem a concordância de todos, não irá convocar para às 20h sessão extraordinária.
– O governo e o PT concordam em votar hoje o pré-sal e a Lei Kandir e amanhã, as propostas do Fundo de Combate à Pobreza e da legalização dos bingos, mas, nesse caso, sem compromisso com o mérito. O problema é que alguns querem votar o Código Florestal, e o governo não quer votar nem o Código Florestal nem a PEC dos Policiais – disse o deputado José Genoíno (PT-SP), que à tarde falou em nome do governo e do PT na reunião de líderes.
Um dos defensores da PEC 300, o deputado Paulo Pereira da Silva (SP) concordou com a retirada da proposta. Ele quer a votação dos bingos.
– Concordo e sugeri que se crie uma comissão para discutir a questão da segurança pública. Isso daria uma certeza para os policiais de que não vamos enrolar – disse o presidente da Força Sindical.
Mas o problema é que os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Miro Teixeira (PDT-RJ), entre outros, anunciaram que irão obstruir as votações se a PEC 300 não for colocada em votação.