A sustentabilidade dos projetos minerais será discutida por especialistas em mineração da região, do País e de vários países a partir dessa semana em Belém. A 2ª Exposição Internacional de Mineração da Amazônia (Exposibram Amazônia 2010), marcará paralelamente a programação do II Congresso de Mineração da Amazônia, que se realiza de hoje a quinta-feira, 25, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, com organização do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).
A Exposibram Amazônia deste ano contará com cerca de 100 expositores e espera atrair 10 mil pessoas nos quatro dias no evento. A abertura ocorrerá às 16 horas de hoje.
O presidente do Ibram, Paulo Camilo Penna, chama a atenção para o que chama de visão equivocada sobre sustentabilidade de um projeto, referindo-se ao vínculo apenas com o meio ambiente.
Ele lembra que, junto à preservação ambiental, o projeto mineral deve conter viabilidade econômica e desenvolvimento social. “Esse tripé deve ser garantido de maneira equilibrada. Se privilegiar um em detrimento do outro, esta estrutura não se sustenta”.
O presidente do Ibram diz que o segredo do projeto mineral é justamente dosar a composição ambiental, social e econômica com resultados interligados. Por isso, especialistas em mineração do mundo inteiro estarão em Belém para debater o tema do congresso: “A Natureza Sustentável da Indústria Mineral”. O evento também vai reunir lideranças empresariais, dirigentes da mineração, fornecedores, especialistas, acadêmicos e estudantes do setor, além de gestores públicos.
Serão debatidos temas diretamente ligados à atividade mineradora, como a conservação da biodiversidade, os avanços tecnológicos na área, a relação entre comunidades e empresas e a garantia da sustentabilidade nas atividades produtivas desenvolvidas na Amazônia.
Segundo dados do Ibram, a atividade mineral investirá até 2014 US$ 62 bilhões no Brasil, distribuídos em novos projetos e na expansão de seus empreendimentos. A região amazônica receberá cerca de 40% desse volume de recursos.
COMPATIBILIDADE
O presidente do Ibram reforça que justamente por ser a Amazônia a região de maior biodiversidade do globo, os projetos econômicos implantados aqui devem preservar recursos, mas também contribuir para o desenvolvimento das comunidades locais. Segundo Penna, isso é perfeitamente compatível. Ele aponta que nos municípios que abrigam projetos minerais o índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é bem acima dos outros municípios menos desenvolvidos.
Especialmente na área de educação, assegura Paulo Penna, esses municípios estão bem à frente de outros. No Pará, ele aponta Barcarena, Parauapebas e Marabá, como exemplo de IDH maiores que os demais municípios. (Diário do Pará)
Matéria indicada por Edivaldo dos Santos Guimarães, Secretário Regional da CNTM na região Norte e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amapá.