Segundo o secretário de Desenvolvimento Marcos Damásio, a instalação de uma montadora na cidade vai ampliar a oferta de vagas de trabalho e a arrecadação de ISS
NOEMIA ALVES
Da reportagem local
Divulgação
Mão de obra: Plano da GM é elevar a unidade mogiana à condição de montadora, o que ampliaria os trabalhos
A declaração da presidente da General Motors do Brasil (GM), Denise Johnson, de que Mogi está entre as cidades possíveis de receber uma linha de montagem da empresa, nos próximos anos, soou como “música” aos ouvidos do secretário de Desenvolvimento Marcos Damásio. A expectativa é de que caso o projeto se concretize, ocorrerá um considerável aumento de empregos na cidade, além de receita por causa da arrecadação de tributos, como o Imposto Sobre Serviços (ISS).
“Trata-se de uma grande notícia para Mogi, uma vez que para elevar a fábrica de peças, a GM necessitará de mais mão de obra. E não estamos falando de 200 ou 300 empregos, mas de pelo menos 3 mil novos postos de trabalho, que é a média de trabalhadores em cada uma das outras fábricas da GM no Estado (São José dos Campos e São Bernardo do Campo). Ou seja, se tudo der certo e a empresa realmente decidir investir em Mogi com este foco (de instalar uma montadora), poderemos ter, em médio prazo, mais 4 mil empregos somente para aquela indústria”, avaliou Damásio.
Desde 1998 até o primeiro semestre deste ano, a GM mantinha um quadro de 750 funcionários no Taboão. Recentemente, por causa do plano de expansão nas fábricas brasileiras e a contratação de mais funcionários, a GM de Mogi poderá atingir até o fim do ano 1,2 mil empregos.
Em entrevista exclusiva ao Mogi News durante visita à cidade, anteontem, a presidente da GM no País, Denise Johnson, garantiu que Mogi tem potencial para ser elevada à montadora, sob a condição de que o índice de crescimento das vendas dos automóveis da empresa, algo em torno de 6% ao ano, se mantenha. A mudança poderia ocorrer daqui a três anos.
Para o prefeito Marco Bertaiolli (DEM), a ampliação dos trabalhos da fábrica do Taboão – há dois meses passou a produzir peças para carros novos e não apenas para reposição de estoque de veículos fora de linha – já é um grande feito. “A condição de Mogi perante as montadoras de São José dos Campos e São Bernardo é outra. Agora, para montar os carros, as duas fábricas dependem da produção de Mogi. Se não formos montadora, pelo menos já temos um grande destaque no cenário e com muitos empregos gerados”, disse.