Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Sindicato festeja 77 anos de uma história de conquistas

Cícero Martinha, presidente do Sindicato, acompanhado de familiares, diretoras e representantes de ex-dirigentes sindicais

O Sindicato comemorou sete décadas de sua fundação na última quinta-feira, dia 23 de setembro, na sede em Santo André. As lideranças sindicais e autoridades regionais presentes ressaltaram, nos discursos, a participação do Sindicato para assegurar o direito dos trabalhadores, a mudança de visão do operário em relação ao cenário político, social e nacional.

Os participantes também homenagearam os líderes que foram ícones da história do sindicalismo nacional, como Marcos Andreotti, Philadelpho Braz, Armando Mazzo, Miguel Guillen, Lula e Cícero Martinha. “Fundado em 1933, o Sindicato passou por diversas intervenções, nos anos de 1937, 1947, 1964, 1979 e 1980. Todos lutaram pela democracia no Brasil e são referências para o futuro do país, porque participaram ativamente da história do nosso país”, relembrou Cícero Martinha, presidente do Sindicato.

Em meio a intervenções e greves, o Sindicato e os trabalhadores venceram a bata­lha. Nas mãos de Cícero Martinha e dos diretores está a condução das lutas cotidianas de 25 mil metalúrgicos que cumprem rotina diária nas fábricas espalhadas por Santo André e Mauá. “A história do Sindicato interage com a história do Brasil por ter travado lutas históricas, como O petróleo é nosso, a Luta das 200 milhas do mar brasileiro e as Diretas Já, e fomos o primeiro do país a reivindicar a redução da jornada de trabalho para 40 horas em 1983. Já no ano de 1985 conseguimos reduzir de 48h para 44h semanais a jornada”, explicou Martinha.

Martinha ressaltou também como uma das principais conquistas da categoria foi o relacionamento com o setor patronal. Se no início, toda reivindicação era caracterizada por conflitos e greves, atualmente o tom da pauta é protagonizado pelo diálogo.

“As empresas tinham uma proteção excessivamente forte por parte do Estado. O nosso movimento era abafado. A ruptura de tudo isso foi difícil e com muita batalha. Hoje, conseguimos negociar 99% das pautas de reivindicações”, enfatizou.

A festa também contou com a apresentação da Orquestra de Violeiros de Mauá e coquetel para mais de 400 companheiros e companheiras.

Por Andressa Besseler
Assessoria de Imprensa