Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Robson Fonseca
85% dos trabalhadores assinaram a proposta de conciliação

Com o objetivo de incentivar os 380 trabalhadores demitidos da Philips a aderir à proposta de conciliação, negociada entre o Sindicato, a empresa e o Tribunal Regional do Trabalho de SP (TRT), foi realizada nesta terça, dia 10 de agosto, audiência pública de conciliação, no Teatro Municipal de Mauá.

“Quando começaram os rumores do fechamento da Philips, o Sindicato se posicionou contra e lutou para que não fechasse as portas. Nossa preocupação era preservar os companheiros do chão de fábrica (sequelados, com estabilidade, entre outros casos). Chegamos até a paralisar a fábrica contra a morosidade da empresa para rever os benefícios dos diferentes casos envolvendo os trabalhadores”, informou Cícero Martinha, presidente do Sindicato.

Martinha também esclareceu que o Sindicato prestou assistência a todos os trabalhadores que procuraram seus direitos. “O Sindicato não cobrou nenhum centavo para entrar com as duas ações coletivas diferentes. Uma com os trabalhadores que pleiteiam extensão de convênio médico, discussão sobre a PLR e questões salariais. Outra dos que estavam em estabilidade de emprego e não podiam ser desligados, como acidentes de trabalho e próximos a se aposentar. Todos os casos foram acompanhados pelo advogado do Sindicato”, explicou Martinha.

Vandir Zamparolli, advogado do Sindicato, informou que o pacote de benefícios, negociado entre o Sindicato, a empresa e o TRT e que foi ratificado na audiência pública, inclui: pagamento de um salário ao trabalhador com até seis anos de empresa; bônus de seis salários nominais; contratação de empresa de consultoria para orientação profissional (carreira, novo emprego); concessão gratuita de cursos de requalificação profissional; continuidade da assistência médica por até três meses e celebração de acordo coletivo da PLR relativa ao 1º semestre do ano, entre outros pontos.

“A Philips apresentou propostas individuais com relação a cada caso de indenização salarial e estabilidade do emprego”, disse ele.

A audiência foi realizada pelos juízes do Trabalho Moisés dos Santos Heitor, titular da Vara de Mauá, e Olga Vishnevsky Fortes, do TRT-SP.

Por Andressa Besseler
Assessoria de Imprensa