Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Brasil vai incentivar produção de carro elétrico

Jornal da Tarde

O ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, anunciou ontem (26) que o governo incentivará empresas a produzir componentes para veículos elétricos. Segundo ele, o Brasil precisa entrar nesse mercado. “Hoje, o etanol nos dá vantagem competitiva. Mas o motor a explosão é muito ineficiente.”

Com a pressão mundial por veículos mais limpos, muitos países têm investido em carros elétricos e híbridos (que funcionam tanto a gasolina quanto com eletricidade). Porém, no Brasil, o foco se voltou para os carros flex – que utilizam etanol ou gasolina –, tecnologia incomum no exterior.

O incentivo será feito por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e integra um conjunto de subvenções que totalizam R$ 500 milhões. O ministro não quis dar detalhes do programa porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falará sobre o assunto hoje. Não ficou claro, por exemplo, se as montadoras vão receber os recursos.

“Esse anúncio vai ser feito pelo presidente da República amanhã (hoje, dia 27). Terei de voltar correndo a Brasília porque vou ter uma reunião para discutir a questão do carro elétrico.” Segundo ele, além da subvenção, “serão anunciadas medidas de incentivos fiscais e financeiros e organização do sistema para que o Brasil entre de maneira mais decidida nessa corrida.”

Há um ano e meio, o Ministério de Ciência e Tecnologia começou a reunir fabricantes de baterias, pesquisadores e fabricantes de motor elétrico para debater o assunto. O anúncio do incentivo estava previsto para o início de junho, mas foi adiado depois de o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, ponderar que o plano deveria incluir incentivos aos carros flex. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) pressiona pela redução definitiva do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os carros flex.