Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Trabalhadores da Delga conquistam 40 horas semanais

Principal conquista da categoria foi a redução de 44 horas para 40 horas semanais

Foto: AI-SMFV

A união entre os trabalhadores da empresa Delga de Ferraz de Vasconcelos e o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade foram os principais fatores para beneficiar a categoria.

Houve greve de 100% dos funcionários durante os dias 3,4 e 5 de maio com o objetivo de reivindicar melhores condições de trabalho. Entre os principais pedidos estava a redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais sem redução salarial.

Durante várias tentativas de conversas entre os donos da empresa, representantes do Sindicato e os funcionários não houve acordo. Todavia, depois da greve foi possível a concordância entre as partes no dia 05, onde ficou definido um acordo de PLR (Participação nos lucros e resultados) no valor de R$ 1700,00; o trabalho num sábado sim e outro não; e a revisão do plano de cargo dos salários.

Porém a principal conquista da categoria foi a redução de 44 horas para 40 horas semanais. Num primeiro momento a redução na carga horária será de 2 horas com início a partir de 1° de junho. No entanto a partir de 2011, haverá a diminuição de mais 2 horas sendo meia hora a cada seis meses.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Alfredo de Jesuz Filho, o acordo é um marco na história dos o município. “Foi um excelente acordo tendo em vista que a Constituição manda 44 horas e foi conseguido 40 horas. Esta é uma luta antiga , que foi possível devido a união de todos e o auxílio do Sindicato. Estamos a disposição de todos os trabalhadores metalúrgicos de Ferraz”, destaca.

É importante lembrar que o movimento pela redução da jornada de trabalho é uma das principais bandeiras das centrais sindicais.  A ação tramita no Congresso através de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), sem previsão de data para ser votada. Entretanto, a organização dos sindicatos e a união dos trabalhadores tem resultado em acordos históricos e a redução da jornada sem cortes nos salários.

Por Aline Queiroz