Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Notícias

6ª Marcha reúne 50 mil trabalhadores em Brasília

Foto de Carlos Humberto

Clementino Vieira, presidente da CNTM,  e Paulinho, presidente da Força Sindical, à frente da Marcha

Foto de Carlos Humberto

Mobilização inteligente e criativa dos trabalhadores e dirigentes da Força Sindical

Foto de Carlos Humberto

Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília

Foto de Carlos Humberto

Movimento sindical na luta pelas 40 horas

A CNTM participou da 6ª Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília, realizada pela Força Sindical e por outras cinco centrais sindicais, na quarta-feira, 11 de novembro.

A sexta edição desta manifestação contou com 50 mil trabalhadores, que concentraram-se às 7h no Estádio Mané Garrincha e, por volta das 10h, deram início à passeata rumo ao Congresso Nacional, onde foi realizado um ato político.

A principal reivindicação neste ano é a redução da jornada semanal de trabalho de 44 horas para 40 horas, sem redução salarial, cuja PEC está à espera de votação em plenário da Câmara.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse que é preciso pressionar o Congresso e exigir agilidade na votação da proposta. “Se não for votada as 40 horas neste ano, em 2010 vamos parar fábrica por fábrica até conseguir a redução da jornada”, ressaltou Paulinho.

“Foi um dia histórico para a classe trabalhadora, mobilizada para conquistar a jornada de 40 horas semanais, sem redução salarial, para gerar emprego e qualidade de vida para os trabalhadores. É preciso, porém, continuar a pressão e votação da proposta”, afirmou Clementino Vieira, presidente da CNTM.

Foto de Carlos Humberto

Clementino Vieira, presidente da CNTM, e Paulinho, presidente da Força Sindical, e demais companheiros

Além da redução da jornada, o movimento sindical definiu as seguintes metas:

* exigir que o Congresso aprove o PL 01/07, que efetiva a política de valorização do salário mínimo.

*novo marco regulatório para o pré-sal, que garanta soberania nacional sobre a exploração e o uso dos recursos, destinando-os a políticas públicas de combate às desigualdades sociais e regionais.

* aprovação da PEC 438/01 contra o trabalho escravo.

* ratificação das convenções 151 (negociação dos servidores públicos) e 158 (contra demissão imotivada) da OIT.

* aprovação do PL sobre a regulamentação da terceirização e combate à precarização nas relações de trabalho.

Audiências com Temer, Sarney e Lupi

Enquanto a manifestação acontecia em frente ao Congresso, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, recebeu um grupo de dirigentes que reivindicaram a definição de uma data para votar as 40 horas. O deputado Temer disse que prefere antes reunir as centrais, o setor patronal e os parlamentares para ampliar o debate e encontrar uma forma de enviar a PEC com grande chance de aprovação.

Foto de Carlos Humberto

Temer recebe dirigentes sindicais

Já o presidente do Senado, José Sarney, concordou em dar agilidade à votação da proposta da redução e prioridade à votação da convenção 151 da OIT, que estabelece a negociação sindical e coletiva no serviço público, já ratificada pela Câmara dos Deputados.

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, também recebeu os representantes das centrais sindicais. “Sou favorável à redução da jornada. Todos os paises evoluídos do mundo já praticam isso. É bom inclusive para o empresário, porque o trabalhador produz melhor, fica um pouco mais de tempo com sua família, que é fundamental para seu equilíbrio psicológico”, opinou.

Marchas anteriores

O movimento sindical brasileiro já conseguiu importantes conquistas para a população brasileira com as Marchas a Brasília, como a correção da tabela do Imposto de Renda, o aumento real para os aposentados que ganham acima do mínimo, a derrubada da emenda 3 (que dava início à retirada de direitos trabalhistas, permitindo a contratação dos trabalhadores como pessoa jurídica), a legalização das centrais sindicais e a política de valorização do salário mínimo que irá vigorar até 2023. Com relação a este último item, vale reafirmar que o projeto (PL 01/07) está em tramitação no Congresso Nacional e precisa ser aprovado.