O governo tem pressa em votar reformas antipopulares, mas não tem a mesma disposição em adotar medidas que promovam o desenvolvimento do País e garantam melhores condições de vida para a classe trabalhadora e para a maioria da população brasileira.
A redução dos juros básicos da economia (Selic) na base do conta-gotas é um exemplo. Nesta quarta, 7 de fevereiro de 2018, o Copom anunciou um corte de 0,25 ponto, reduzindo a taxa para 6,75%. Esta taxa é referência para as demais taxas de juros da economia, mas isto não quer dizer praticamente nada, tendo em vista que os bancos continuam livres para cobrar juros extorsivos e apertar o crédito.
Para o mercado, o governo federal sinaliza que seu foco é cumprir a meta de inflação (4,5%), inflação que para a população é uma ficção, diante dos preços dos produtos básicos, nos supermercados, entre eles: o gás de cozinha, na faixa de R$ 90.
A inflação, assim como os juros, continua freando o desenvolvimento e a geração de emprego e renda e segue numa linha contrária aos interesses da maioria dos cidadãos brasileiros.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e vice-presidente da Força Sindical