“O corte de apenas 0,75 pontos na taxa Selic (decisão de 11.1.17) não ajuda a economia nem estimula os investimentos e a geração de empregos tão necessários para o País sair da crise. A recessão exige um corte mais drástico nos juros e parece que nem a queda da inflação, embora provocada pela recessão, levou o governo federal a tomar uma atitude de coragem e fazer um corte substancial da taxa. O capital especulativo continua, portanto, levando vantagem.
Reafirmamos que não é com pacotes de reformas que tiram direitos trabalhistas, previdenciários e sociais que o governo promoverá a retomada do crescimento.
O governo perdeu mais uma oportunidade de ajustar a rota do País, pois poderia dar alívio ao crédito, abrindo caminho para os investimentos e a recuperação da produção industrial e diminuindo o desemprego que, dramaticamente, joga mais e mais trabalhadores em risco social, inclusive com suas famílias nas ruas. Somos, enfim, um País campeão dos juros altos e concentrador de renda.
Mas vamos resistir, com o movimento sindical unificado nas ruas, com mobilizações nas bases e informando à sociedade que os trabalhadores não aceitam ser culpados pela crise e que lutarão com organização e consciência de classe por um Brasil melhor, mais digno e justo”.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e vice-presidente da Força Sindical
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