Jornal da Tarde
O acesso das famílias brasileiras à educação e ao mercado de trabalho teve significativa melhora entre 2003 e 2009, o que representa avanço na qualidade de vida nos domicílios nacionais. A conclusão é apresentada em comunicado sobre vulnerabilidade das famílias entre 2003 e 2009 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e divulgado hoje. O índice de vulnerabilidade das famílias brasileiras, que agrega indicadores nas áreas de conhecimento, trabalho, recursos e habitação, caiu 14,3% de 2003 a 2009, passando de 27,0 para 23,1.
O comunicado aponta ainda, na mesma base de comparação, quedas nos indicadores de vulnerabilidade que compõem o índice geral, como desenvolvimento infanto-juvenil (-26,4%), acesso ao trabalho (-20,3%), condições habitacionais (-15,0%), acesso ao conhecimento (-6,9%), entre outros.
Entre os componentes, o índice de escassez de recursos teve baixa de 24,2%. Na análise deste componente, o comunicado aponta que se de um lado há cada vez menos famílias abaixo da linha da pobreza, por outro lado há aumento da dependência das famílias a programas de transferência de renda, devido sobretudo à expansão de programas governamentais.
O documento apresenta também, em análise pelas capitais brasileiras, que Belo Horizonte teve a maior queda no índice médio de vulnerabilidade na comparação entre 2003 e 2009, de 19,3%, seguida por Salvador, de 18,5%; Curitiba, de 17%; Recife, de 16,8%; e Rio de Janeiro, de 15,8%.