A greve dos metalúrgicos da fábrica da Volvo, localizada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), completa hoje (20) nove dias. A decisão por manter a paralisação foi definida na manhã dessa quarta, após o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba anunciar aos trabalhadores que a empresa não apresentou nova proposta para a primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e nenhum índice de aumento real para a data base. Dessa forma, os trabalhadores voltaram para casa. Nova assembleia, caso haja proposta, acontece na próxima segunda-feira, dia 25, às 7h.
Na última segunda-feira (18), os trabalhadores do chão de fábrica, rejeitaram em votação secreta, a proposta da empresa que definia o valor de R$ 5 mil para o pagamento da primeira parcela e o reajuste salarial baseado apenas na reposição da inflação na data base, que é em setembro. Os trabalhadores reivindicam o valor R$ 9,5 mil para a primeira parcela e aumento real na data base.
“Com um mínimo de esforço, a reivindicação dos trabalhadores pode ser atendida pela empresa. Basta a Volvo ter bom senso e sentar para negociar. É inadmissível que uma empresa do porte da Volvo não consiga atender a reivindicação legítima dos trabalhadores do chão de fábrica, o setor mais essencial da empresa”, diz o presidente do SMC, Sérgio Butka.
A fábrica da Volvo emprega cerca de 4 mil trabalhadores (2.500 metalúrgicos) e tem capacidade de produção diária de 80 caminhões pesados, 44 médios e 8 ônibus.
Por Departamento de Comunicação e Marketing do SMC:
Glaucio Dias, Nilton de Oliveira e André Nojima